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Incêndios

Ator português à Renascença. "Los Angeles parece um país do Terceiro Mundo"

09 jan, 2025 - 11:37 • André Rodrigues

Tony Lima vive há 40 anos em Los Angeles e descreve cenário caótico e imprevisível. E denuncia incompetência do Governo da Califórnia.

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TONY LIMA português em LA

“Los Angeles parece um país do Terceiro Mundo”, diz à Renascença Tony Lima, um português a residir na cidade há praticamente 40 anos.

Numa altura em que as chamas continuam a avançar, agora para o centro de Hollywood, este ator e empresário do setor dos transportes descreve uma “situação muito caótica” com evolução imprevisível nas próximas horas.

Tony Lima vive “entre a Universal Studios e a Warner Brothers”, numa zona que, até agora, ainda não foi muito atingida pelas chamas. “Daqui a uma ou duas horas não sabe”.

“Tudo ao ar, num instante”

Nos contactos mantidos ao longo das últimas horas com amigos e clientes, este português fala em “várias pessoas amigas” que tiveram de ser retiradas de Hollywood Boulevard, por precaução.

Até em Pacific Palisades, uma das zonas mais afetadas, “tenho um cliente ligado ao futebol americano e que é dono grande companhia de mármores e materiais de construção. A família perdeu a casa de mais de sete milhões de dólares. Foi tudo ao ar, num instante”

Deslize para ver o antes e depois num bairro em Altadena:

Desinvestimento nos bombeiros, bocas de incêndio secas

Até esta altura, há cinco vítimas mortais confirmadas e muitos milhares de hectares de área ardida.

Para Tony Lima, este cenário é da responsabilidade do Governo federal da Califórnia que, diz, tem cortado no financiamento ao dispositivo de proteção civil.

“Além de terem cortado o orçamento em mais de 17 milhões de dólares aos bombeiros em Los Angeles, quando eles chegaram às bocas de incêndio em vários sítios da cidade, colocaram as mangueiras e não saía nada… está tudo seco”, assinala.

O empresário denuncia o que diz ser a falta de visão do governador Gavin Newsom, “que não tem feito absolutamente nada para limpar as florestas” e “prefere enviar água que seria necessária para o Oceano Pacífico, para tentar proteger uma espécie rara de um peixe minúsculo”.

“Não deixa de ser contraditório, numa região que é uma potência em produção de riqueza”, remata.

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