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Polónia

PR polaco quer imunidade para Netanyahu participar nas comemorações de Auschwitz

09 jan, 2025 - 16:45 • Lusa

Duda enviou uma carta ao primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, para garantir que Netanyahu possa participar na celebração do 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, "se assim o desejar".

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O Presidente polaco, Andrzej Duda, pediu ao Governo que garanta imunidade ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, caso este compareça nas comemorações do 80.º aniversário da libertação do campo nazi de Auschwitz, indicou esta quinta-feira a Presidência.

Netanyahu é objeto de um mandado de captura emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).

"[O Presidente] acredita que todas as pessoas de Israel, todos os representantes das autoridades do país, devem ter a oportunidade de participar neste evento único", disse Malgorzata Paprocka, chefe da chancelaria do Presidente polaco, na rede social X.

Segundo Paprocka, Duda enviou uma carta ao primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, para garantir que Netanyahu possa participar na celebração do 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, "se assim o desejar".

A 21 de novembro de 2024, o TPI, com sede em Haia, emitiu mandados de captura contra Netanyahu por crimes contra a humanidade e crimes de guerra em Gaza, onde Israel está a conduzir uma operação militar em retaliação ao ataque perpetrado no seu território a 7 de outubro de 2023 pelo movimento islâmico palestiniano Hamas. A decisão suscitou a fúria de Israel, que recorreu da decisão, embora não reconheça o tribunal.

Para já, o primeiro-ministro polaco não reagiu à carta de Duda.

Em dezembro, um vice-ministro dos Negócios Estrangeiros polaco afirmou que a Polónia era "signatária do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional e, como tal, é obrigada a cumprir as ordens emitidas pelo TPI".

As cerimónias que assinalam o 80.º aniversário da libertação do campo de extermínio nazi de Auschwitz-Birkenau pelo Exército Vermelho estão previstas para 27 deste mês, com a participação de delegações de vários países.

A direção do museu de Auschwitz-Birkenau já tinha dito à agência noticiosa France-Presse (AFP) que não iria enviar convites formais para as cerimónias e que cabia a cada país escolher os seus representantes.

Construído na Polónia ocupada, Auschwitz-Birkenau é o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreu no campo entre 1940 e 1945, juntamente com mais de 100.000 não-judeus.

Cerca de 80.000 polacos não judeus, 25.000 ciganos e 20.000 soldados soviéticos foram também mortos pelos nazis alemães.

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