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Sérvia oferece-se para acolher reunião neutra e independente entre Trump e Putin

12 jan, 2025 - 23:25 • Lusa

Donald Trump disse que está a preparar um encontro com o Presidente russo, Vladimir Putin, para acabar com a guerra na Ucrânia.

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A Sérvia ofereceu-se este domingo para acolher uma reunião entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente eleito dos Estados Unidos da América, Donald Trump, argumentando que é um país independente e não-alinhado com blocos militares.

A Sérvia é o lugar no globo que seria adequado para ambos", disse o Presidente sérvio, Aleksandar Vucic, no canal de televisão comercial Pink.

O chefe de Estado defendeu que a Sérvia é o local mais adequado porque "não está apenas formalmente fora dos blocos militares, mas essencialmente fora de ambos os blocos, é um país independente" e "preparado para garantir total segurança a ambos os presidentes".

Assinalou ainda que a Sérvia é o país onde tanto Trump como Putin gozam do maior apoio.

"Não há nenhum país que se compare à Sérvia em termos de nível de apoio ao Presidente Trump", disse Vucic, acrescentando que é, ao mesmo tempo, "um país onde o Presidente Putin continua a ser muito, muito popular".

A Sérvia é um país candidato à entrada na União Europeia, mas também mantém laços estreitos com a Rússia.

Donald Trump disse que está a preparar um encontro com o Presidente russo, Vladimir Putin, para acabar com a guerra na Ucrânia.

"Ele quer que nos encontremos e estamos a organizar isso", disse Trump na quinta-feira, antes de uma reunião com governadores republicanos na sua residência Mar-a-Lago, em Palm Beach, no estado da Florida (sudeste).

"O Presidente Putin quer que nos encontremos, até o disse publicamente, e precisamos de acabar com esta guerra, que é um verdadeiro desperdício", acrescentou o magnata.

Trump prometeu durante a campanha eleitoral acabar com a guerra na Ucrânia "dentro de 24 horas" e já apelou a um "cessar-fogo imediato" e a negociações de paz.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados.

Os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Comentários
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  • Onde
    13 jan, 2025 UE 09:34
    É no mínimo estranho, que as conversações de Paz se façam sem a presença de um dos países em guerra, mas percebe-se quando se pensa no que há a ganhar: a Moscóvia quer 20% dum suculento bocado da Ucrânia, cheio de minério e infraestruturas que uma vez abocanhado, paga as despesas com a guerra e relança a economia russa com recursos que são da Ucrânia, e acrescenta devolução do dinheiro russo congelado e o desarmamento do exército Ucraniano (Lol) e a sua exclusão da NATO - vê-se logo que tenciona voltar a invadir para ir buscar o "resto". Trump quer terreno onde pode por empresas americanas, "reconstruir" a Ucrânia tornando-a vulnerável à exploração de recursos por décadas, e claro, armar e municiar o exército ucraniano com armamento americano, antes que a indústria europeia lhe tire o "bife da boca". Onde fica a Ucrânia no meio disto?

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