15 jan, 2025 - 20:32 • Lusa
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O presidente do Conselho Europeu, António Costa, saudou hoje o acordo para um cessar-fogo em Gaza e para a libertação de reféns, esperando que permita o "acesso imediato" da ajuda humanitária ao enclave.
"Saúdo o acordo de cessar-fogo e de libertação de reféns alcançado hoje. Espero que este acordo ponha fim ao sofrimento dos civis e que aqueles que estão em cativeiro possam reunir-se com os seus entes queridos", sublinhou o ex-primeiro-ministro português.
Para António Costa, o cessar-fogo "deve permitir o acesso imediato à ajuda humanitária tão necessária e criar as condições para a recuperação e reconstrução de Gaza".
"A UE continua empenhada numa paz abrangente, justa e duradoura, baseada na solução dos dois Estados", destacou ainda o ex-primeiro-ministro português.
O primeiro-ministro do Qatar confirmou hoje um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, após 15 meses de conflito, avançando que a trégua deverá entrar em vigor no domingo.
O anúncio de Mohammed bin Abdulrahman Al Thani ocorreu em Doha, capital do Qatar, país mediador e que tem acolhido as negociações minuciosas indiretas que decorrem há várias semanas.
Médio Oriente
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O líder do Qatar referiu que o acordo alcançado abre o caminho para dezenas de reféns israelitas regressarem a casa, confirmando a libertação de 33 reféns israelitas durante a primeira fase da trégua na Faixa de Gaza, cenário de uma guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas desde 07 de outubro de 2023.
O governante especificou que a primeira fase da trégua tem uma duração prevista de 42 dias.
"O Hamas vai libertar 33 prisioneiros israelitas, incluindo mulheres civis (...), crianças, idosos, civis doentes e feridos, em troca de vários prisioneiros detidos nas prisões israelitas. Os pormenores das fases dois e três da trégua serão finalizados quando a primeira fase for concretizada", acrescentou numa conferência de imprensa.
Nas mesmas declarações, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani anunciou que o Qatar, o Egito e os Estados Unidos - países que passaram o último ano a tentar mediar o fim da guerra na Faixa de Gaza e a libertação dos reféns - vão controlar a aplicação do acordo de tréguas através de um mecanismo de vigilância estabelecido no Cairo.
O conflito em curso em Gaza foi desencadeado por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou quase 47 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.