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Médio Oriente

Israel e Hamas chegam a acordo de cessar-fogo após 466 dias de guerra

15 jan, 2025 - 17:10 • Ana Kotowicz com agências

Donald Trump, Presidente eleito dos Estados Unidos, confirmou o acordo na rede social Truth Social: "Temos um acordo para os reféns no Médio Oriente. Serão libertados em breve", escreveu.

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Foi alcançado um acordo para um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, avança a Reuters, que cita fonte próxima do processo negocial. Para esta tarde de quarta-feira está agendada uma conferência de imprensa do primeiro-ministro do Qatar, mediador das negociações, que deverá acontecer depois de ser publicada uma declaração conjunta dos Estados Unidos, Qatar e Egito sobre o cessar-fogo.

O gabinete do primeiro-ministro de Israel emitiu uma curta nota, citada pela imprensa do país, onde diz que há detalhes do acordo a serem ultimados, mas que espera que estejam finalizados ainda esta quarta-feira.

Ruas de Gaza e Israel festejam acordo. "Deus queira que dure para sempre"
Ruas de Gaza e Israel festejam acordo. "Deus queira que dure para sempre"

Donald Trump, Presidente eleito dos Estados Unidos, confirmou o acordo na rede social Truth Social: "Temos um acordo para os reféns no Médio Oriente. Serão libertados em breve", escreveu.

Trump considera o acordo "épico" e acredita que só aconteceu "devido às eleições de novembro" que lhe deram a vitória nas Presidenciais norte-americanas.

O seu regresso à Casa Branca acontece daqui a 5 dias, a 20 de janeiro. "Conquistamos tanto sem estar na Casa Branca. Imaginem todas as coisas maravilhosas que acontecerão quando eu regressar à Casa Branca", acrescentou na mesma publicação.

Três reféns libertados por semana

Segundo a agência Reuters, uma das exigências estipuladas no acordo é que um total de 33 reféns sejam libertados pelo Hamas num prazo de seis semanas, com, pelo menos, três reféns a serem libertados a cada semana.

Nesta primeira fase do acordo, deverão ser libertadas em primeiro lugar mulheres, depois mulheres que pertençam às forças militares, e, em seguida, homens com mais de 50 anos. Em contrapartida, o número de prisioneiros palestinianos a cumprir prisão perpétua que serão libertados como parte do acordo ainda está por definir.

O Hamas ainda mantém 94 reféns das 251 pessoas que sequestrou a 7 de outubro de 2023 (Israel acredita que apenas 60 reféns estarão vivos), dia em que o grupo extremista islâmico atacou Israel, fazendo mais de 1.200 vítimas mortais. Os ataques de retaliação de Israel já terão causado a morte de mais de 46 mil pessoas.

Já o Times of Israel dá conta de que o Hamas "desistiu" das exigências sobre o Corredor de Filadélfia, onde Israel insiste em manter presença durante a implementação do cessar-fogo. Os detalhes, escreve, ainda estarão a ser negociados.

“Devido à insistência do primeiro-ministro Netanyahu, o Hamas desistiu da questão do Corredor de Filadélfia. No entanto, ainda há uma série de detalhes que não foram finalizados”, disse, numa nota escrita enviada aos jornalistas, um alto funcionário do governo israelita.

O jornal cita também uma fonte do lado palestiniano que garante que apenas questões menores estão a ser discutidas, não sendo significativas para impedir um acordo.

Em Gaza, milhares de moradores já estão nas ruas a celebrar o acordo que deverá pôr fim à guerra de 15 meses, escreve a AFP, antes mesmo de o acordo ser confirmado oficialmente.

Enquanto isso, em Israel avançam os preparativos para receber os reféns: o Presidente Isaac Herzog estará reunindo, em Jerusalém, com a presidente do Comité Internacional da Cruz Vermelha, Mirjana Spoljaric.

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