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Médio Oriente

Líder supremo do Irão diz que palestinianos forçaram Israel a retirar-se de Gaza

16 jan, 2025 - 10:34 • Lusa

"Todos compreendem que foi a paciência do povo e a firmeza da Resistência Palestiniana e do Eixo da Resistência que forçaram o regime sionista [Israel] a retirar-se", declarou a mais alta autoridade religiosa e política do Irão.

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O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, disse esta quinta-feira que a Palestina e o Eixo da Resistência, a aliança informal contra Israel liderada por Teerão, forçaram Israel a retirar-se de Gaza.

Khamenei referia-se diretamente ao acordo de cessar-fogo alcançado na quarta-feira entre Israel e o Hamas.

"Todos compreendem que foi a paciência do povo e a firmeza da Resistência Palestiniana e do Eixo da Resistência que forçaram o regime sionista [Israel] a retirar-se", declarou a mais alta autoridade religiosa e política do Irão através das redes sociais.

O acordo alcançado entre Israel e o Hamas prevê um cessar-fogo completo durante 42 dias a partir de domingo, após 15 meses de uma guerra devastadora, e a troca de 33 reféns israelitas por centenas de prisioneiros palestinianos.

O acordo esteve ameaçado até ao último instante, segundo relatos do interior da sala de negociações, indicando que Israel acusava o grupo islamita palestiniano de rejeitar as suas propostas em relação ao chamado Corredor de Filadélfia, entre o Egito e a Faixa de Gaza, levando o Qatar, país anfitrião e mediador das conversações, a adiar o anúncio das tréguas.

Segundo o primeiro-ministro do Qatar, a primeira fase da trégua começa às 12h15 locais (menos duas horas em Lisboa) de domingo e tem uma duração prevista de 42 dias.

Nessa altura, 33 israelitas do grupo de 100 reféns, com prioridade a mulheres civis, crianças, idosos, doentes e feridos, são libertados em troca de cerca de um número não especificado mas na escala de centenas de prisioneiros palestinianos em posse de Israel.

Cabe ao Qatar, Egito, Estados Unidos, países que passaram o último ano a tentar mediar sem sucesso as partes, controlar a aplicação do acordo através de um mecanismo de vigilância estabelecido no Cairo.

O entendimento também prevê o regresso das populações deslocadas no enclave, incluindo na cidade de Gaza, e a entrada da ajuda humanitária no território devastado por 15 meses de guerra e que carece urgentemente de alimentos, água, medicamentos e reabilitação dos hospitais.

Ainda não é claro quando e quantos palestinianos deslocados podem regressar e se o acordo vai levar ao fim completo da guerra e à retirada total das tropas israelitas, as principais exigências do Hamas para a libertação dos restantes prisioneiros.

Os pormenores das fases dois e três da trégua vão ser negociados durante a vigência de 42 dias da primeira, segundo os mediadores, visando o fim completo das hostilidades e a libertação dos restantes reféns.

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