17 jan, 2025 - 10:26 • Redação
Uma mulher australiana, de 34 anos, influencer nas redes sociais, foi detida na quinta-feira em Queensland, Austrália, pela Unidade de Investigação e Proteção Infantil australiana, por acusações de tortura e envenenamento da filha bebé.
O alerta foi dado pela equipa médica de um hospital em Brisbane, a 15 de outubro de 2024, onde a criança foi admitida por estar a "sofrer um episódio médico sério".
Segundo o comunicado da polícia de Queensland, a mulher administrou várias prescrições não autorizadas de medicamentos sem aprovação médica.
Alegadamente, entre 6 de agosto e 15 de outubro de 2024, a mulher obteve medicamentos não autorizados, incluindo medicamentos antigos prescritos a uma outra pessoa, que administrou à filha bebé de um ano.
As investigações revelaram que a mulher cuidadosamente escondeu os seus contínuos esforços de administrar os medicamentos à bebé até que o ato foi detetado pelos médicos.
Os testes de detenção dos medicamentos não autorizados deram um resultado positivo no dia 7 de janeiro.
Enquanto a criança manifestava "imenso sofrimento e dor", a mulher filmava-a e publicava os vídeos nas redes sociais com o objetivo de angariar fundos monetários e mais seguidores.
Segundo avança a BBC, a influencer alegou que estaria a relatar a batalha da filha contra uma doença terminal e conseguiu angariar doações de cerca 60 mil dólares australianos, o equivalente a mais de 36 mil euros, na plataforma GoFundMe.
"Não há desculpa para magoar uma criança, especialmente um bebé de um ano de idade que está dependente dos outros para cuidados e sobreviver", afirma o inspetor Paul Dalton da polícia de Queensland. Acrescenta ainda que crimes desta natureza são "abomináveis" e que os detetives da Unidade de Investigação e Proteção Infantil estão empenhados em proteger a crianças e responsabilizar os envolvidos.
A influencer está acusada de 9 crimes de envenenamento, tortura, fraude e exploração infantil premeditados. Será presente a tribunal esta sexta-feira.