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Guterres diz acreditar que libertação dos reféns e ajuda a Gaza começam domingo

18 jan, 2025 - 21:42 • Lusa

Sobre as disposições do acordo, mediado pelo Qatar, Egito e EUA, o alto responsável português disse não ter sido informado pelo governo israelita sobre o pacto, "mas Israel assinou o acordo e é evidente que há obrigações que têm de ser respeitadas".

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O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse este sábado estar "convencido" de que a partir de domingo, com a entrada em vigor do cessar-fogo em Gaza, os combates terminarão, os reféns serão libertados e a ajuda humanitária entrará na Faixa de Gaza.

"Estou fortemente convencido de que começaremos a implementar três objetivos: o fim dos combates, a ajuda humanitária começará a entrar [em Gaza] e começará também a libertação dos reféns", disse Guterres numa conferência de imprensa em Beirute, onde se encontra numa visita de três dias.

O secretário-geral da ONU recordou que desde o primeiro dia tem vindo a apelar ao cessar-fogo em Gaza, à libertação incondicional dos reféns e à livre entrada de ajuda humanitária.

Sobre as disposições do acordo, mediado pelo Qatar, Egito e EUA, o alto responsável português disse não ter sido informado pelo governo israelita sobre o pacto, "mas Israel assinou o acordo e é evidente que há obrigações que têm de ser respeitadas".

Relativamente às limitações rigorosas que o Parlamento israelita impôs à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA), o responsável da ONU garantiu que aquele organismo internacional "continua a trabalhar em Gaza e também na Cisjordânia".

"Não temos qualquer intenção de suspender as nossas operações, a menos que Israel as interrompa. O acordo é claro e Israel não deve impedir a entrada de ajuda humanitária em Gaza", disse, advertindo que "não significa que seja fácil distribuir ajuda humanitária" no enclave.

"Temos bandos que atacam sistematicamente os comboios e outros obstáculos devido à situação em Gaza e à deterioração das infraestruturas do território", recordou.

Segundo os mediadores, o acordo de cessar-fogo entra em vigor no domingo de manhã, com uma primeira fase de 42 dias em que 33 reféns israelitas serão libertados em troca de prisioneiros palestinianos, e cerca de 600 camiões de ajuda humanitária, incluindo 50 de combustível, entrarão diariamente na Faixa.

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