18 jan, 2025 - 23:22 • Lusa
Milhares de pessoas manifestaram-se este sábado em Londres e Madrid pela retirada israelita de Gaza e a libertação de palestinianos ilegalmente detidos, na véspera da entrada em vigor do cessar-fogo entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.
Na capital do Reino Unido, cerca de 30 pessoas foram detidas, a maioria das quais após o protesto, por alegada perturbação da ordem pública ou infração das condições definidas pelas autoridades para a realização do mesmo, que decorreu em geral de forma pacífica, indicou a polícia.
Brandindo cartazes em que se lia “Fim à guerra”, “Parem de armar Israel” ou “Acabem com o genocídio”, os participantes concentraram-se na Whitehall Avenue, onde se situam as instalações do Governo, para ouvir discursos proferidos por membros de uma coligação de grupos de defesa dos direitos dos palestinianos que organizou a manifestação.
O diretor da Campanha de Solidariedade com a Palestina, Ben Jamal, condenou a atitude “repressiva” da polícia britânica, que dois dias antes da marcha tentou obrigar a uma mudança de trajeto, que contou com a aprovação da organização pró-israelita Conselho de Deputados dos Judeus Britânicos.
Também em Madrid, milhares de pessoas – 2.000, segundo a polícia e 10.000, segundo os organizadores — manifestaram-se hoje à tarde para exigir o “fim do genocídio” e da ocupação da Palestina e que seja imposto um embargo de armas a Israel, bem como a rutura de relações diplomáticas com o país.
Convocadas pela Rede Solidária contra a Ocupação da Palestina (RESCOP), decorreram também hoje manifestações em outras cidades de Espanha, como Málaga, Barcelona (onde se concentraram cerca de 800 pessoas), Córdova, Granada, Palência, Palma, Reus, Rota, Sevilha, Sória, Torrevieja e Saragoça, estando previsto que prossigam até 26 de janeiro num total de 40 municípios.
Com cartazes reclamando uma Palestina livre e a rutura das relações com Israel, a manifestação madrilena começou em Cibeles e passou pela Calle de Alcalá e pela Gran Vía até à Plaza de España, onde foi lido um manifesto.