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Montenegro espera “pontes” e “diálogo” entre Europa e EUA salvaguardos com Trump

18 jan, 2025 - 09:35 • Lusa

Primeiro-ministro está em Berlim, numa reunião do Partido Popular Europeu (PPE).

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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, admite esperar que as "pontes e o diálogo" que têm caracterizado a relação da Europa com os Estados Unidos sejam "salvaguardados" com Donald Trump como presidente.

O primeiro-ministro falou este sábado à agência Lusa à margem de uma reunião de dois dias do Partido Popular Europeu (PPE) em Berlim, que contou com a presença da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e da presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.

"Para além das matérias que a Europa tem de enfrentar e tem de resolver independentemente do seu relacionamento com os Estados Unidos da América, há outras que estão numa linha de cruzamento", revelou Luís Montenegro, apontando questões económicas, de comércio internacional e conhecimento, entre outras.

Questionado sobre se essas matérias e objetivos em comum estão em causa com Donald Trump, que toma posse na segunda-feira, dia 20 de janeiro, como presidente dos Estados Unidos, o líder do governo português admite que "em causa estão sempre", independentemente de quem ocupe a Casa Branca.

"Em causa estão sempre, independentemente de ser Donald Trump ou Joe Biden, por exemplo. De ser uma gestão democrata ou republicana. Não é a primeira, nem será a última vez, que algumas tensões existem neste domínio. Aquilo que eu espero é que as pontes e o diálogo que têm caracterizado a relação da Europa com os Estados Unidos sejam salvaguardadas e que as coisas possam ter equilíbrio", apontou.

Montenegro acrescentou que Estados Unidos e Europa têm outros interesses comuns, nomeadamente nas áreas da segurança e defesa.

"Os Estados Unidos compõem connosco uma aliança nesta área. Não nos podemos esquecer que 23 dos 27 estados-membros da União Europeia são membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) (...) formamos uma aliança que também está posta à prova neste momento em razão de termos uma guerra à porta da Aliança Atlântica. Temos também nessa área uma necessidade de manter um relacionamento muito forte com os Estados Unidos", salientou.

A 6 de novembro do ano passado, o primeiro-ministro português já tinha felicitado Donald Trump através da rede social X.

"Parabéns, Presidente Donald Trump. Estou empenhado em trabalharmos em colaboração estreita, no espírito da longa e sólida relação entre Portugal e os Estados Unidos, a nível bilateral, da NATO e multilateral", escreveu.

Comentários
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  • Draghi
    18 jan, 2025 Europa 13:10
    É o que se espera. Mas se não acontecer, vejam se não dobram a espinha e dão ao @uzinho. É toca a arregaçar as mangas e ir à Luta, pela Defesa e pela Autonomia Europeias. Comecem por ativar o plano Draghi e estabeleçam um plano de Defesa Europeu, conjunto, em efetivos, disposição de forças e indústria bélica e deixem-se de palavreado e reuniões fúteis onde as conclusões são sempre as mesmas mas pouco ou nada vê implementação prática.

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