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Maduro anuncia exercícios militares e policiais para garantir a paz e a soberania na Venezuela

19 jan, 2025 - 23:38 • Lusa

O anúncio da convocatória para os exercícios acontece depois de em 12 de janeiro o ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe (2002-2010) pedir uma intervenção internacional, apoiada pelas Nações Unidas, para afastar Maduro do poder.

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O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou este domingo que a Venezuela vai realizar em 22 e 23 de janeiro os primeiros exercícios militares e policiais de 2025, para "garantir a paz, a soberania nacional e a democracia verdadeira".

"Façamos o grande exercício pela paz (...) nos dias 22 e 23 de janeiro vamos aos exercícios Escudo Bolivariano 2025. O primeiro exercício militar-policial-popular do ano. Vamos defender as fronteiras, as costas, as cidades, os elementos vitais do país. Todos juntos, para garantir a paz, a soberania nacional, para garantir a verdadeira democracia", anunciou Maduro num vídeo divulgado no Instagram.

Na mesma plataforma Nicolás Maduro sublinha que os exercícios terão lugar "em perfeita fusão militar-policial-popular para demonstrar que a Venezuela tem o poder de viver em paz, no exercício da sua plena soberania, em democracia e em liberdade".

O anúncio da convocatória para os exercícios acontece depois de em 12 de janeiro o ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe (2002-2010) pedir uma intervenção internacional, apoiada pelas Nações Unidas, para afastar Maduro do poder.

O pedido ocorreu um dia depois de Maduro tomar posse para um terceiro mandato de seis anos, apesar de a oposição contestar os resultados das eleições presidenciais.

"Pedimos uma intervenção internacional, de preferência apoiada pelas Nações Unidas, para remover estes tiranos do poder e convocar imediatamente eleições livres", disse Uribe num evento político em Cúcuta, nas proximidades da fronteira colombo-venezuelana, citado pela agência de notícias EFE.

Com uma bandeira da Venezuela nas mãos, Uribe participou numa "concentração pela liberdade" da Colômbia e da Venezuela e manifestou apoio aos líderes da oposição venezuelana, María Corina Machado e Edmundo González Urrutia, que disse serem "campeões universais da democracia".

O ex-presidente da Colômbia apelou ainda às Forças Armadas Bolivarianas da Venezuela para que "cumpram as suas funções de acordo com a Constituição" venezuelana e "ajudem a desalojar a ditadura".

Em resposta, Nicolás Maduro disse que a Venezuela está preparada para "dar a batalha na luta armada e ganhar".

"A Venezuela tem-se preparado, juntamente com Cuba, com a Nicarágua, com os nossos irmãos mais velhos do mundo, para que, se um dia tivermos de pegar nas armas para defender o direito à paz, o direito à soberania e os direitos históricos da nossa pátria, possamos travar a batalha e voltar a ganhá-la", disse Maduro no encerramento do Festival Internacional Mundial Antifascista.

"Não nascemos no dia dos covardes ou dos pusilânimes. Não somos líderes tíbios. Somos a revolução bolivariana do século XXI. Que ninguém se equivoque sobre a Venezuela. Que ninguém se engane connosco. Se for a bem, a bem avançaremos. E se for a mal, os venceremos. Para que respeitem o nosso povo", disse.

Maduro disse ainda que "ninguém quer a intervenção militar que Uribe está a pedir. Ninguém quer mais sanções, ninguém quer mais violência", sublinhando que os venezuelanos querem "democracia, liberdade, entendimento, harmonia, reconciliação e reencontro" e que "é isso o que vai haver".

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  • Removam Maduro
    20 jan, 2025 Caracas 11:52
    Em vez de grandes planos de invasões que não se farão, mais vale pensar na remoção física de Maduro, do cargo que ocupa ilegalmente. Sem bicho, não há peçonha. Depois, eleições gerais verdadeiramente livres, sob vigilância da ONU e o povo venezuelano que decida do seu destino, sem Maduro e sem os corruptos que o ajudam a usurpar o poder, sejam eles civis ou militares.

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