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Biden perdoa familiares e alvos de Trump horas antes de abandonar o cargo

20 jan, 2025 - 21:36 • Miguel Marques Ribeiro com Reuters

Trump critica o antigo Presidente, mas concedeu 143 perdões de última hora em 2021.

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Joe Biden abandonou esta segunda-feira a Casa Branca, mas antes de o fazer decidiu perdoar (preventivamente) vários familiares e alguns dos seus aliados durante a presidência.

Os indultos abrangem o comité que investigou a invasão por apoiantes de Trump do Capitólio, a 6 janeiro de 2021, incluindo congressistas, como a republicana Liz Cheney, e elementos da polícia que testemunharam perante o Congresso. Isentou também Mark Milley, ex-presidente do Estado-Maior Conjunto.

Anthony Fauci, que serviu como conselheiro médico chefe da Casa Branca durante a pandemia de covid-19, também recebeu o indulto que funciona como um escudo legal para quaisquer futuras acusações.

"Estes funcionários públicos serviram a nossa nação com honra e distinção e não merecem ser alvo de processos injustificados e politicamente motivados", declarou Biden em comunicado.

Ataques e ameaças

Tal com tinha acontecido há semanas com o filho Hunter, Joe Biden decidiu também proteger cinco membros da sua família, com o argumento de que os mesmos poderiam ser alvo de perseguições políticas.

"A minha família tem sido sujeita a ataques e ameaças implacáveis, motivadas apenas pelo desejo de me magoar — o pior tipo de política partidária", disse Biden. "Infelizmente, não tenho motivos para acreditar que estes ataques vão acabar."

Os últimos perdões de Biden incluíram os seus irmãos — James Biden, Frank Biden e Valerie Biden Owens — bem como os seus respetivos cônjuges, John Owens e Sara Biden.

Trump concedeu 143 perdões em 2021

O antigo presidente comutou igualmente a pena de prisão perpétua imposta ao ativista nativo americano Leonard Peltier, apesar do parecer negativo das autoridades policiais, incluindo do diretor do FBI. Peltier cumprirá o resto da pena em prisão domiciliária.

Falando no Capitólio após a sua tomada de posse, Trump questionou os perdões de Biden a Cheney e Milley, referindo-se a "perdões de pessoas que eram muito, muito culpadas de crimes muito graves".

Referindo-se aos perdões de última hora concedidos por Biden aos seus familiares, o novo presidente classificou "lamentável" a decisão do antecessor.

Em 2021, Trump concedeu 143 perdões e comutações de pena a poucas horas de sair da Casa Branca. Trump prometeu também perdoar os autores do ataque ao Capitólio.

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