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Moçambique

Ciclone Dikeledi provoca 11 mortos e quase 20 mil casas destruídas no norte de Moçambique

20 jan, 2025 - 10:49 • Lusa

De acordo com um relatório do Instituto Nacional de Gestão de Risco de Desastres (INGD), a passagem daquele ciclone afetou 249.813 pessoas, num total de 49.412 famílias, com registo de 27.470 casas parcialmente destruídas e 19.751 totalmente destruídas, além de 95 casas inundadas e 44 unidades sanitárias afetadas.

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Pelo menos 11 pessoas morreram e quase 20 mil casas ficaram destruídas na sequência da passagem do ciclone tropical Dikeledi na província de Nampula, norte de Moçambique, segundo o mais recente balanço oficial.

De acordo com um relatório do Instituto Nacional de Gestão de Risco de Desastres (INGD), com dados preliminares até às 18h00 de 18 de janeiro, a passagem daquele ciclone afetou 249.813 pessoas, num total de 49.412 famílias, com registo de 27.470 casas parcialmente destruídas e 19.751 totalmente destruídas, além de 95 casas inundadas e 44 unidades sanitárias afetadas.

Dos 11 mortos registados na sequência da passagem do ciclone pela província de Nampula, três registaram-se no distrito de Memba e outros três em Angoche, além de um total de 34 feridos.

Atualmente, há 2.316 pessoas deslocadas em três centros de acomodação na província.

O balanço do INGD aponta igualmente para 129 afetadas pelo ciclone, nomeadamente 371 salas de aula e por consequência 807 professores, mas também 67 quilómetros de estrada, 115 embarcações danificadas e 2.278 postes de média tensão tombados.

O ciclone tropical Dikeledi, o segundo no espaço de um mês a atingir o norte de Moçambique, formou-se em 31 de dezembro na bacia sudoeste do oceano Índico, tendo atingido o continente em 13 de janeiro, através do distrito de Mossuril, na província de Nampula, já na categoria 3, com ventos de até 195 quilómetros por hora e com chuvas intensas, acima de 150 milímetros em 24 horas.

O anterior, o ciclone tropical intenso Chido, de nível 3 (numa escala de 1 a 5), atingiu a zona costeira do norte de Moçambique na madrugada de 14 de dezembro, enfraquecendo depois para tempestade tropical severa, continuando, nos dias seguintes, a fustigar as províncias no norte de Moçambique com "chuvas muito fortes acima de 250 mm [milímetros]/24 horas, acompanhadas de trovoadas e ventos com rajadas muito fortes", segundo informação anterior do Centro Nacional Operativo de Emergência.

Dados atualizados recentemente pelas autoridades moçambicanas adiantam que pelo menos 120 pessoas morreram e outras 868 ficaram feridas durante a passagem do ciclone Chido no norte e centro de Moçambique.

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.

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