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"Decisivo" e a "alcançar a paz através da força". Reações à tomada de posse de Trump

20 jan, 2025 - 20:57 • Diogo Camilo

Zelensky e NATO defendem ser possível "alcançar a paz através da força", enquanto Montenegro e Marcelo querem "reforço da relação transatlântica" e Netanyahu pede ajuda para "destruir as capacidades militares do Hamas".

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Donald Trump tomou posse esta segunda-feira como o 47.º Presidente dos Estados Unidos, numa cerimónia no Capitólio que durou pouco mais de uma hora.

Na sala do evento estiveram poucos líderes mundiais, por não ser tradição, mas Trump insistiu em ter Javier Milei, o Presidente da Argentina, e Giorgia Meloni, primeira-ministra de Itália, assim como o "número dois" do líder chinês Xi Jinping, Han Zheng.

Por todo o mundo, somaram-se reações de chefes de Estado e de Governo a destacarem o papel do seu país e as relações com os Estados Unidos, dando os parabéns a Trump pela sua tomada de posse e por um segundo mandato na Casa Branca.

Netanyahu pede ajuda para "destruir Hamas"

O primeiro-ministro israelita afirma que Israel e EUA podem trabalhar juntos, novamente, e "levar a aliança EUA-Israel a ainda maiores voos”

"Em nome do povo de Israel, quero também agradecer pelos esforços na libertação de reféns israelitas. Espero trabalhar no regresso dos restantes reféns, em destruir as capacidades militares do Hamas e terminar com a sua liderança política em Gaza, para garantir que nunca mais serão uma ameaça a Israel", refere Netanyahu.

Já Sami Abu Zuhri, representante do Hamas, indica estar "feliz" com a saída de Biden, que tem sangue de palestinianos na mão. "Esperamos pelo fim desta era negra e que Trump possa criar políticas que possam criar caminho contra os males de Netanyahu que querem destruir a região e o mundo."

Zelensky e NATO defendem ser possível "alcançar a paz através da força"

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, indica que Trump "é sempre decisivo" e que a sua política de "paz através da força" pode ser uma "oportunidade de fortalecer a liderança da América e alcançar um acordo de paz a longo-termo e justo, o que é a prioridade”.

Já Mark Rutte, secretário-geral da NATO, anuncia que, com Trump, a Aliança Atlântica vai "aumentar a produção e gastos na defesa". Os meus calorosos parabéns pela tomada de posse como 47.º Presidente dos EUA, e a JD Vance como vice-presidente. Juntos podemos alcançar a paz através da força, com a NATO”, refere.

Com isto, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, indica que o seu país fará "o que se seja preciso em relação a este tema". "Este tema estará na nossa agenda em conversas com Trump e espero que o seu segundo mandato só traga o bem à humanidade", refere.

Montenegro e Marcelo querem "reforço da relação transatlântica"

O primeiro-ministro foi dos primeiros a reagir à tomada de posse nas redes sociais. "Reitero o meu empenho em trabalhar em estreita colaboração em prol dos nossos objetivos comuns. Uma parceria transatlântica forte é mais importante do que nunca", escreveu.

Já o Presidente da República deixou uma nota na Página da Presidência na qual indica que o "reforço da relação transatlântica continuará a ser um objetivo comum e uma prioridade para Portugal".

"Portugal tem uma longa e profícua relação com os EUA, que continuará a cultivar no interesse dos dois povos, incluindo da extensa comunidade de portugueses e lusodescendentes naquele país e do crescente número de norte-americanos no nosso país", salientou o Presidente da República.

Von der Leyen e Costa deixam a mesma mensagem

A presidente da Comissão Europeia e o presidente do Conselho Europeu indicam que Bruxelas quer "trabalhar de forma próxima para atacar os problemas globais".

"Juntas, as nossas sociedades podem alcançar uma maior prosperidade e fortalecer a segurança. Esta é a força da nossa parceria transatlântica", referem Ursula von der Leyen e António Costa.

Macron e Scholz. Quem quer ser o "aliado mais próximo"?

O Presidente francês não reagiu oficialmente à tomada de posse como homólogo norte-americano, mas momentos antes falou que o dinheiro de contribuintes gasto nos orçamentos militares da Europa não podem ser usados apenas para comprar armas dos EUA, pedindo um maior investimento no setor da defesa.

Já Olaf Scholz, chanceler alemão, indica que os EUA são o "aliado mais próximo" de Berlim e que a política entre os dois países sempre foi de "boas relações transatlânticas". " A União Europeia, com 27 Estados-membros e mais de 400 milhões de pessoas, é uma união forte", refere.

Starmer e o Rei Carlos III querem "parceria sem fim"

Em comunicado, o Palácio de Buckingham indicou que o monarca do Reino Unido, Carlos III, enviou uma mensagem, como reflexão de uma especial relação entre o Reino Unido e os EUA.

Já o primeiro-ministro inglês, Keir Starmer, que tem uma relação conturbada com Elon Musk, indica que os dois países travam uma relação de "colaboração, cooperação e parceria sem fim." Juntos, defendemos o mundo da tirania e trabalhámos para a segurança e prosperidade. Com o largo afeto de Trump e ligações históricas com o Reino Unido, sei que a profundidade desta amizade irá continuar.

Trudeau e Lula. "Amizade histórica" e a "parceria económica mais bem sucedida"

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, salientou que Canadá e EUA "têm a parceria económica mais bem sucedida do mundo" e que há nova oportunidade de trabalhar juntos, "criando trabalhos e prosperidade para ambas as nações".

O Presidente brasileiro fala numa "história de cooperação, de respeito mútuo e por uma amizade histórica" entre Brasil e EUA. "Os nossos países têm fortes ligações em várias áreas, como exportações, ciência, educação e cultura. Estou seguro de que poderemos continuar a realizar progressos nestas e noutras parcerias", declarou Lula da Silva.

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  • Depois se verá
    21 jan, 2025 Europa 11:52
    Talvez o "pão, pão, queijo, queijo" do maluco traga alguma coisa de positivo. pode ser que se acabe esse Wokismo irritante que tomou conta das nossas vidas. Pode ser que a Europa deixe de correr para o papá americano à primeira dificuldade e se comece a mexer para uma autonomia estratégica e militar que acabe com esse "soft power" para se vir a tornar "hard power". Pode ser que a guerra na Europa acabe - desde o inicio que a Ucrânia pressente que vai perder alguma coisa, mas se mantiver o máximo de território, entrar na UE e manter um exercito poderoso e desta vez bem equipado e treinado, com uma fronteira com a Rússia fortemente fortificada, o futuro depois se verá.

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