22 jan, 2025 - 08:23 • Lusa
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, qualificou a bispa episcopal de Washington, Mariann Budde, de "desagradável", um dia após a religiosa ter manifestado, num sermão, preocupação com o medo semeado pelo presidente norte-americano entre imigrantes e membros da comunidade LGBTQ+.
Donald Trump, que tomou posse na segunda-feira como 47.º Presidente dos Estados Unidos, acrescentou que Mariann Budde foi "desagradável no tom e não foi convincente nem inteligente".
"Ela e a sua igreja devem um pedido de desculpas ao público", escreveu a partir da Casa Branca na sua rede social, cerca da 1h00 da madrugada desta quarta-feira.
Mariann Budde, ordenada episcopalmente na Igreja Anglicana, fez na terça-feira um apelo direto a Donald Trump para que tenha misericórdia da comunidade LGBTQ+ e dos trabalhadores imigrantes indocumentados.
Referindo-se à crença de Trump de que foi salvo por Deus de ser assassinado, Budde disse: "Sentiu a mão providencial de um Deus amoroso. Em nome do nosso Deus, peço-lhe que tenha misericórdia das pessoas que estão assustadas neste momento no nosso país”.
A Administração Trump já emitiu ordens executivas a revogar direitos dos transgénero e a endurecer as políticas de imigração, noticiou na terça-feira a agência Associated Press (AP).
Na terça-feira, quando regressava à Casa Branca, Trump foi questionado sobre o sermão: "Não foi muito emocionante, pois não? Não achei que fosse um bom serviço", apontou o Presidente norte-americano, enquanto caminhava com a equipa em direção à Sala Oval.
O sermão de Mariann Budde, feito durante uma celebração inter-religiosa na Catedral Nacional de Washington, foi amplamente focado na questão da unidade nacional. Trump e o vice-presidente J.D. Vance estiveram presentes com familiares, juntamente com o presidente da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso), o republicano Mike Johnson, e o nomeado para o cargo de secretário da Defesa, Pete Hegseth.