24 jan, 2025 - 06:55 • João Malheiro , João Cunha
Uma portuguesa a viver em Galway, na República da Irlanda, relata, à Renascença, "ventos fortíssimos" devido à tempestade Éowyn, que já deixaram milhares de irlandeses sem acesso à eletricidade.
"O barulho é enorme, a uivar de uma forma assustadora. Felizmente, ainda estou com luz, mas, a qualquer momento, posso deixar de ter. É ficar em casa trancados a esperar que passe", conta Lurdes Fonseca.
De acordo com as autoridades locais, "mais de meio milhão de habitações" estão sem qualquer tipo de energia.
Na Irlanda, foram batidos esta madrugada os recordes de velocidade média do vento e de rajadas, quer tinham quase um século.
"Toda a gente fica em casa. Os alertas continuam ao longo do dia. A vida para, verdadeiramente, esperando que as coisas não piorem", refere a portuguesa em Galway, à Renascença.
Éowyn deve trazer consigo ventos e chuva muito for(...)
As autoridades admitem "danos sem precedentes e extensos" já a registar nas primeiras horas desde que a tempestade atingiu a atmosfera irlandesa.
Há relatos de muitas quedas de árvores, de famílias retiradas de casas onde o telhado foi arrancado com a força do vento - que chegou a ter rajadas de 180 quilómetros por hora - e de, pelo menos, uma pessoa hospitalizada, depois da caravana em que viva ter sido destruída pelo vento.
Na República da Irlanda, as escolas e universidades estão todas fechadas. Decisão que se repete também na Irlanda do Norte e por grande parte da Escócia.
Vários hospitais encerraram todos os seus serviços, tirando as urgências. Várias linhas de comboio e muitas estradas estão cortadas, com as autoridades a aconselhar as pessoas a evitar viajar e a ficar em casa.
Voos para Glasgow, Edimburgo e Belfast estão altamente condicionados e muitos podem mesmo vir a ser cancelados ou adiados, dependendo da evolução da tempestade.
[Atualizado às 08h20]