25 jan, 2025 - 10:00 • André Rodrigues
“Não existe um acordo secreto entre Donald Trump e Vladimir Putin”, admite na Renascença o presidente da Associação Comercial do Porto. “É a boa notícia desta semana”, enfatiza Nuno Botelho, comentando a ameaça feita pelo Presidente dos Estados Unidos, que diz ser “provável” a imposição de novas sanções a Moscovo, se Vladimir Putin não quiser negociar a paz na Ucrânia.
“Trump foi muito claro” com Putin, o que “pode não ser assim tão mau”, porque “pode ajudar a desbloquear coisas que, com punhos de renda, muitas vezes não se desbloqueiam”.
Para o empresário e jurista, há duas maneiras de olhar para a imprevisibilidade de Trump na perspetiva europeia. Por um lado, no que toca à questão ucraniana, “Trump não é amigo de Putin e Putin está com medo daquilo que Trump poderá fazer”
“Não há nada pior para alguém que quer negociar do que ter do outro lado da mesa uma pessoa absolutamente imprevisível. Desse ponto de vista, isso pode ser algo positivo para a Ucrânia, positivo para a Europa e positivo para o mundo”, sublinha.
Parlamento Europeu
Anders Vistisen, eurodeputado dinamarquês de extre(...)
Em sentido inverso, o discurso sobre a imposição de tarifas à União Europeia para acabar com o défice comercial com os Estados Unidos é “Trump igual a si mesmo”.
“Se calhar, em vez de estarmos neste jogo das taxas alfandegárias, ganhávamos todos mais em discutirmos e negociarmos acordos” como os que a União Europeia está a ultimar com o México, o Chile ou os países do Mercosul.
“A Europa tem de mostrar a Trump que há alternativas aos Estados Unidos e, portanto, desse ponto de vista, ele terá de ter cuidado do ponto de vista alfandegário”, conclui.
A nova vida da refinaria de Leça da Palmeira. “É o futuro da região, de uma cidade e também do país. São 240 hectares de requalificação e 40 hectares dedicados à Universidade do Porto, para a Faculdade de Engenharia e para a Faculdade de Ciências; um centro empresarial ligado às energias renováveis e à indústria 5.0; zonas verdes frente ao mar. Portanto, é toda uma nova cidade que vai ali nascer. É um projeto para uma geração, mas é algo que nos dá esperança".
Imigração e mea culpa do PS. “Pedro Nuno Santos está a perder a mão ao Partido Socialista. Neste momento já percebeu que as coisas, do ponto de vista da imigração, estão a perder o controlo. As questões da segurança junto da população portuguesa estão a assumir contornos preocupantes. E ele percebeu, através de qualquer focus group, que lhe rendia votos neste momento, mudar de posição. Fê-lo tarde e a más horas, depois de ter Estado oito anos no Governo, dizendo que não havia problema nenhum com a imigração. É uma enorme confusão”.