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Guerra no Médio Oriente

Hamas liberta quatro mulheres do exército de Israel em troca de 200 prisioneiros

25 jan, 2025 - 08:57 • Diogo Camilo

Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag foram resgatadas por uma equipa da Cruz Vermelha, depois de 477 dias sequestradas pelo grupo palestiniano. Esta é a segunda troca de reféns desde o cessar-fogo na Faixa de Gaza. Israel acusa Hamas de violar acordo ao libertar militares antes de civis.

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Hamas liberta quatro mulheres do exército de Israel em troca de 200 prisioneiros
Hamas liberta quatro mulheres do exército de Israel em troca de 200 prisioneiros

O Hamas libertou este sábado quatro mulheres do exército israelita, em troca de um grupo de 200 prisioneiros palestinianos, naquela que é a segunda troca de reféns entre Israel e Palestina desde o cessar-fogo na Faixa de Gaza, alcançado na passada semana.

Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag foram sequestradas quando se encontravam num posto de observação durante os ataques de 7 de outubro de 2023. O resgate das reféns, 477 dias depois, foi feito por uma equipa do Comité Internacional da Cruz Vermelha em Gaza.

Como parte da troca, cerca de 200 prisioneiros do Hamas serão libertados este sábado, incluindo membros da Jihad Islâmica, do Hamas e da Frente Popular para a Libertação da Palestina. Cerca de 70 destes serão deportados, refere o Hamas, com fonte palestiniana a adiantar à Reuters que alguns dos prisioneiros serão libertados no Egito.


A libertação de reféns foi feita numa praça da cidade de Gaza, com dezenas de homens mascarados do Hamas a juntarem-se numa cerimónia em que o palco tem a mensagem: "o Zionismo não irá prevalecer." As mulheres surgiram vestidas com o uniforme militar israelita e foram conduzidas até carrinhas da Cruz Vermelha, no meio da multidão de palestinianos.

A chegada das quatro reféns a Israel já foi confirmada pelas autoridades israelitas e foram divulgadas fotografias do reencontro das militares com as suas famílias.

Também confirmada foi a libertação de 200 presos palestinianos, tal como estava previsto no acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Autoridades israelitas confirmaram e a agência Reuters divulgou imagens de um autocarro branco que transporta os presos a chegar à cidade de Ramallah.

O conflito no Médio Oriente levou à morte de mais de 47 mil palestinianos em Gaza, a maioria deles civis. Nas próximas cinco semanas, depois do cessar-fogo alcançado na semana passada, serão libertados 26 reféns israelitas.

Israel acusa Hamas de violar acordo ao libertar militares antes de civis

As autoridades israelitas acusaram este sábado o Hamas de violar o acordo de cessar-fogo em Gaza.

"O Hamas não cumpriu com as suas obrigações de primeiro libertar as mulheres civis israelitas", disse o porta-voz do exército israelita, Daniel Hagari, numa breve declaração feita logo após a confirmação de que as reféns tinham entrado em território israelita.

Das 33 pessoas que serão libertadas na primeira fase do cessar-fogo em Gaza, sete são mulheres, cinco das quais militares (uma não foi libertada este sábado) e duas são civis. As civis são Shiri Silberman, de 33 anos, e Arbel Yehud, de 29.

Nos últimos dias, a imprensa israelita referiu que Israel tentou pressionar para que Arbel Yehud fosse uma das mulheres libertadas este sábado e, esta manhã, o gabinete do primeiro-ministro divulgou uma nota a afirmar que Telavive não permitirá que os palestinianos regressem ao norte de Gaza enquanto aquela refém não for libertada.

[notícia atualizada às 13h48 com a acusação de violação de acordo do Hamas]

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  • Mulheres jovens
    25 jan, 2025 Nas mãos dos Árabes... 11:34
    Devem ter muitas "estórias" para contar e nenhuma delas, boa...

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