26 jan, 2025 - 11:43
A procuradoria sul-coreana indiciou este domingo o presidente deposto Yoon Suk Yeol de rebelião pela imposição da lei marcial, relatou a imprensa local, uma acusação criminal que pode levá-lo à morte ou prisão perpétua se for condenado.
A agência de notícias Yonhap informou que a acusação a Yoon está relacionada com o decreto de 3 de dezembro que mergulhou o país numa enorme turbulência política. Outros meios de comunicação sul-coreanos publicaram relatos semelhantes.
Yoon foi acusado e preso anteriormente por causa do decreto da lei marcial.
O Tribunal Constitucional está a deliberar separadamente se deve demitir formalmente Yoon como presidente ou restabelecê-lo.
Yoon surpreendeu o país em 3 de dezembro ao declarar lei marcial, uma medida que fez lembrar os dias negros da ditadura militar sul-coreana e que justificou com a intenção de proteger o país das "forças comunistas norte-coreanas" e de "eliminar elementos hostis ao Estado".
No entanto, a Assembleia Nacional (parlamento) frustrou os planos presidenciais ao votar a favor do levantamento do estado de emergência.
Pressionado pelos deputados e por milhares de manifestantes pró-democracia, Yoon foi obrigado a revogar a decisão.
A 3 de janeiro, os serviços de segurança presidencial, responsáveis pela proteção do chefe de Estado, bloquearam uma primeira tentativa do COI de executar o mandado de detenção. Na segunda incursão, as autoridades avisaram que deteriam qualquer pessoa que impedisse a detenção.
A detenção do presidente deposto da Coreia do Sul, foi "o primeiro passo" para o regresso à ordem, reagiu a oposição, mais de um mês e meio após o líder conservador declarar lei marcial.
"A detenção de Yoon Suk-yeol é o primeiro passo para o regresso à ordem constitucional, à democracia e ao Estado de direito", declarou na altura o líder dos deputados do Partido Democrático na Assembleia Nacional (parlamento), Park Chan-dae, numa reunião da formação política.