26 jan, 2025 - 08:39 • Pedro Mesquita , Diogo Camilo
Foi a bordo do avião presidencial, a caminho de Miami e com menos de uma semana como presidente dos Estados Unidos, que Donald Trump anunciou os seus planos para reconstruir Gaza e aquelas que entende ser as intenções do povo da Gronelândia, depois de uma conversa "acalorada" por telefone com a primeira-ministra da Dinamarca.
No voo do Air Force One que partiu de Las Vegas, o presidente dos EUA defendeu a transferência temporária de milhão e meio de palestinianos para o Egipto e Jordânia, adiantando que mencionou este mesmo plano com o rei Abdullah II da Jordânia e que falaria ainda este domingo com o Presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sissi.
"Gostava que o Egito acolhesse pessoas, que a Jordânia acolhesse pessoas. Estamos a falar de milhão e meio de pessoas, é preciso limpar aquilo tudo. Aquilo é literalmente um lugar demolido, neste momento", afirmou Trump, sublinhando que é necessária a ajuda de algumas nações árabes porque a Faixa de Gaza "está uma confusão".
Durante o seu primeiro mandato, o novo presidente dos Estados Unidos apresentou um plano que previa a anexação por parte de Israel de quase 30% da Cisjordânia ocupada.
Presidente dos Estados Unidos teve uma conversa te(...)
No mesmo voo, o presidente norte-americano voltou a insistir que a Gronelândia será um território dos Estados Unidos, com o propósito da "proteção do mundo livre", e que seria um ato "muito hostil" da Dinamarca, que controla o território, se não permitisse a anexação.
"Penso que vamos ter a Gronelândia. Acho que as pessoas querem ficar connosco. Como sabem, na Gronelândia vivem 57 mil pessoas que desejam estar connosco. Não sei quais são os direitos da Dinamarca quanto a isso, mas seria um ato muito hostil se não permitissem que tal acontecesse. Porque é para a proteção do mundo livre", afirmou Trump.
As declarações de Trump surgem um dia depois de uma "conversa acalorada" entre o chefe de Estado norte-americano e a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen.
De acordo com o Financial Times, cinco altos funcionários europeus afirmaram que a conversa telefónica de 45 minutos entre Trump e Frederiksen, na semana passada, “correu muito mal”.