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Estados Unidos suspendem emissão de vistos na Colômbia

27 jan, 2025 - 05:21 • Lusa

Estados Unidos e Colômbia chegam a acordo, depois do impasse sobre o repatriamento de imigrantes deportados.

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Os Estados Unidos anunciaram a suspensão da emissão de vistos na Colômbia, em retaliação contra a decisão do Governo de Gustavo Petro de impedir a entrada de aviões militares norte-americanos que transportavam pessoas deportadas.

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, ordenou "a suspensão imediata da emissão de vistos na secção consular da Embaixada dos EUA em Bogotá", anunciou o Departamento de Estado em comunicado divulgado no domingo.

O Governo norte-americano justificou esta medida pela recusa do Presidente colombiano, Gustavo Petro, em "aceitar dois voos de repatriamento que tinha autorizado anteriormente".

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já tinha, na sua rede social Truth Social, anunciado a proibição de emissão de vistos a funcionários do Governo colombiano, aliados e apoiantes de Gustavo Petro, membros do seu partido e familiares.

"Estas medidas vão continuar até que a Colômbia cumpra com as suas obrigações de aceitar o regresso dos seus próprios cidadãos", concluiu o Departamento de Estado.

A Colômbia impediu a entrada de aviões militares dos Estados Unidos da América que transportavam pessoas deportadas, com Petro a explicar na rede social X que sempre aceitaram receber deportados, mas nunca vai aceitar que tal aconteça em voos militares e com as pessoas algemadas.

A Presidência colombiana anunciou mais tarde o envio do avião presidencial para "facilitar o regresso digno" de imigrantes deportados dos EUA.

Em reação, Trump anunciou que irá aplicar tarifas, restrições de vistos e outras medidas de retaliação contra a Colômbia.

Entre as medidas retaliatórias, está a aplicação de tarifas de emergência de 25% sobre todos os produtos que entram nos Estados Unidos oriundos da Colômbia, que serão elevadas para 50% dentro de uma semana.

Horas depois, Gustavo Petro anunciou que vai avançar com reciprocidade nas taxas que Washington venha a impor.

Os dois países têm parcerias no terreno há décadas no contexto do combate ao tráfico de droga.

Petro confirmou que irá participar, na quinta-feira, na reunião de emergência da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) convocada pela homóloga hondurenha, Xiomara Castro, devido à crise diplomática entre o país sul-americano e os Estados Unidos.

"Irei pessoalmente às Honduras ajudar nesta reunião de presidentes latino-americanos. Não foi divulgado, mas numa questão de semanas assumirei a presidência da Celac, o bloco latino-americano", disse Petro, numa mensagem na X.

Xiomara Castro, que ocupa a presidência rotativa da Celac, convocou os chefes de Estado da organização para uma reunião urgente na qual discutirão temas como "migração, ambiente e unidade latino-americana e caribenha".

A Presidente hondurenha indicou que a reunião "foi agendada em formato híbrido" e que Petro "confirmou a sua participação presencial em Tegucigalpa", capital das Honduras.

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