27 jan, 2025 - 07:56 • Reuters
Os sobreviventes de Auschwitz assinalam esta segunda-feira, junto a líderes mundiais, o 80º aniversário da libertação do campo de concentração nazi alemão pelas tropas soviéticas.
A data será assinalada no interior do campo, que a Alemanha nazi montou na Polónia ocupada durante a Segunda Guerra Mundial.
A cerimónia contará com a presença do chanceler alemão Olaf Scholz, do rei Carlos III do Reino Unido, do presidente francês Emmanuel Macron, do presidente do Conselho Europeu António Costa. Já Portugal será representado pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro.
Israel será representado pelo Ministro da Educação Yoav Kisch.
Pawel Sawicki, porta-voz do Museu e Memorial de Auschwitz-Birkenau, já disse que não haverá discursos de políticos e que os líderes irão ouvir as vozes dos sobreviventes.
"Está claro para todos nós que este é o último aniversário marcante em que podemos ter um grupo de sobreviventes visíveis e presentes no local", sublinhou.
"Daqui a dez anos isto não vai acontecer e, enquanto pudermos, devemos ouvir as vozes dos sobreviventes, os seus testemunhos, as suas histórias pessoais. É algo de enorme importância quando falamos sobre como a memória de Auschwitz é moldada", revelou.
Mais de 1,1 milhão de pessoas, a maioria judeus, morreram em câmaras de gás ou de fome, frio e doenças em Auschwitz.
Mais de três milhões dos 3,2 milhões de judeus da Polónia foram assassinados pelos nazis, representando cerca de metade dos judeus mortos no Holocausto.
Entre 1941 e 1945, a Alemanha nazi e os seus colaboradores assassinaram sistematicamente cerca de seis milhões de judeus em toda a Europa ocupada pelos alemães.