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Ucrânia diz ter atacado a quarta maior refinaria da Rússia

29 jan, 2025 - 08:54

Os ataques surgiram horas depois do Presidente russo ter garantido que está aberto a negociar a paz, mas rejeitando conversações diretas o homólogo ucrâniano.

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A Ucrânia atacou a quarta maior refinaria da Rússia, disse o responsável do Centro contra a Desinformação do Conselho de Segurança Nacional e Defesa ucraniano, Andriy Kovalenko.

Odirigente disse que o ataque, lançado durante a madrugada, teve como alvo uma refinaria, localizada na cidade de Kstovo, na região de Nizhny Novgorod, no oeste da Rússia, processava entre 15 e 17 milhões de toneladas de petróleo por ano para produzir gasolina, gasóleo, combustível para aviação e alcatrão.

"Quanto menor for a refinação, menos combustível e outros recursos terão os russos", acrescentou Kovalenko, que descreveu as infraestruturas como importantes para o exército da Rússia.

Pouco antes, o governador da região de Nizhny Novgorod, Gleb Nikitin, tinha dito que os destroços de um drone abatido pela defesa aérea russa provocaram um incêndio numa refinaria.

"Os bombeiros estão a combater o incêndio neste momento. De acordo com os relatórios iniciais, ninguém ficou ferido", disse o dirigente, na plataforma de mensagens Telegram.

Kyiv intensificou os ataques aéreos contra instalações militares e energéticas russas nos últimos meses, numa resposta ao bombardeamento da Rússia contra cidades e a rede eléctrica ucranianas.

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou esta quarta-feira que abateu 104 drones ucranianos em nove regiões, um dos maiores ataques deste tipo em território russo desde o início do conflito.

Todas as 104 aeronaves foram "intercetadas e destruídas pelos sistemas de defesa aérea" durante a noite, incluindo 47 - o maior número - na região de Kursk, de acordo com a mensagem do ministério, publicada no Telegram.

A Ucrânia afirma controlado centenas de quilómetros quadrados em Kursk, desde uma ofensiva surpresa lançada em agosto.

Na região de Belgorod, onde quatro aeronaves ucranianas foram intercetadas, um civil ficou ferido numa zona residencial na cidade de Graivoron por drones e foi hospitalizado, disse o governador regional Vyacheslav Gladkov.

Outros 11 drones foram intercetados na região de Smolensk, incluindo um "durante uma tentativa de ataque a uma instalação nuclear" que não causou qualquer dano, disse o governador local, Vasily Anokhine, no Telegram.

Na direção oposta, cinco pessoas morreram nas regiões de Kherson e Mykolaiv, no sul da Ucrânia, e em Donetsk, no leste do país, devido a fogo de artilharia e bombardeamentos das forças da Rússia, disseram esta quarta-feira as autoridades ucranianas.

Os ataques surgiram horas depois do Presidente russo, Vladimir Putin, ter garantido que está aberto a negociar a paz, mas rejeitando conversações diretas com o homólogo ucraniano, por Volodymyr Zelensky já ter terminado o mandato.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste do país vizinho, independente desde 1991 e que tinha vindo a afastar-se de Moscovo e a aproximar-se do Ocidente.

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  • Muito pior
    29 jan, 2025 Ucrânia 10:51
    Putin só anda a procurar desculpas e a querer dar a ideia de que as "negociações" são nos termos da Rússia, coisa que pelo desespero russo em começar negociações, se percebe que está fora da Real. Terá de negociar com Zelensky ou aceitar a continuação da guerra. Mas aí enfrentará uma Ucrânia rearmada com torrentes de material, se Trump cumprir o que ameaçou fazer. E se agora está a ser penoso para a Rússia, depois será muito pior...

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