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Homem que queimou o Corão na Suécia foi morto a tiro

30 jan, 2025 - 10:59 • Lusa

Salwan Momika foi atingido com dois tiros quando fazia um direto nas suas redes sociais. Esperava sentença por acusações de incitar ao ódio ao queimar cópias do Corão

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Um dos homens que em 2023 queimou o Corão e cuja ação provocou protestos violentos em diversos países muçulmanos foi morto a tiro em Estocolmo, capital da Suécia, revelou esta quinta-feira a imprensa sueca.

A polícia confirmou que Salwan Momika foi morto a tiro na quarta-feira à noite num subúrbio de Estocolmo.

Segundo vários tabloides suecos, Momika foi atingido com dois tiros quando fazia um direto nas suas redes sociais.

O tribunal de Estocolmo que deveria divulgar esta quinta-feira a decisão sobre as acusações de incitamento ao ódio étnico contra Salwan Momika disse ter adiado a sessão porque "um dos acusados morreu".

A Procuradoria-Geral da Suécia tinha deduzido em agosto do ano passado acusações contra dois homens por incitarem ao ódio ao queimarem cópias do Corão, o livro sagrado dos muçulmanos, ações que provocaram na altura uma indignação generalizada nas nações muçulmanas e levaram a vários ataques, como o que ocorreu contra a embaixada sueca no Iraque.

Os dois homens, de 38 e 49 anos, estavam acusados de quatro crimes de incitamento ao ódio contra um grupo étnico pelos incidentes, protagonizados nas proximidades de várias mesquitas de Estocolmo, com base em vídeos que os mostram a queimarem cópias do Corão.

Na altura, Momika alegou que os seus protestos tinham como alvo a religião do Islão e não os muçulmanos e disse que queria proteger a população da Suécia das mensagens do Corão.

A polícia sueca permitiu as manifestações, legando liberdade de expressão.

Em outubro de 2023, as autoridades de imigração suecas decidiram não prolongar a autorização de residência de Momika, que era refugiado iraquiano, por fornecer informações incorretas sobre a sua necessidade de proteção.

No entanto, Momika acabou por receber uma nova autorização provisória, uma vez que a sua deportação para o Iraque não pôde ser executada por razões de segurança.

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