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Médio Oriente

Israel suspende entrega de palestinianos, mas três reféns israelitas já foram libertados

30 jan, 2025 - 09:32 • Cristina Nascimento com Lusa

Para esta quinta-feira estava prevista a libertação de oito pessoas - três israelitas e cinco tailandeses. Do lado palestiniano, mais de 100 prisioneiros iam a caminho da liberdade, quando Isreal ordenou o regresso à prisão dos autocarros que os transportavam.

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Israel ordenou o regresso à prisão dos autocarros que levavam os mais de 100 prisioneiros palestinianos que está previsto serem libertados esta quinta-feira. A informação é avançada pela Agência Reuters, que cita um comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu.

Segundo a mesma fonte, a entrega dos prisioneiros foi adiada até Israel ter a certeza que os reféns que estavam sob domínio do Hamas saem do cativeiro em boas condições.

A decisão foi tomada depois de se ter verificado alguma confusão no processo de entrega de cinco cidadãos tailandeses.

Antes desta ordem de suspensão da entrega dos 110 prisioneiros palestinianos, foram libertados, além dos cidadãos tailandeses, três israelitas.

A primeira chama-se Agam Berger e estava detida pelo Hamas desde 7 de outubro de 2023. Esta soldado israelita de 20 anos foi libertada esta quinta-feira, em Gaza, naquela que é a terceira ronda de libertação de reféns, previstos no acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas.

A libertação da mulher foi acompanhada em direto por uma transmissão televisiva. Agam Berger, com aparência serena e de uniforme vestido, subiu a um palanque, ladeada por elementos do Hamas de rosto tapado, acenou para as câmaras e foi depois encaminhada a um jipe da Criz Vermelha e posteriormente entregue ao exército israelita. Movimentações que foram observadas de perto por centenas de pessoas.

Foram depois já libertados Arbel Yehud, uma civil de 29 anos e um cidadão israelo-alemão de 80 anos, Gadi Moses, bem como cinco tailandeses (fora do âmbito do acordo de tréguas).

Os três reféns israelitas vão ser trocados por 110 cidadãos palestinianos detidos por Israel, incluindo 32 condenados a prisão perpétua.

No âmbito do acordo que interrompeu 15 meses de guerra na Faixa de Gaza, Israel autorizou igualmente o regresso das pessoas deslocadas ao norte do enclave palestiniano. Segundo os dados mais recentes, cerca de 500 mil palestinianos deslocados já regressaram ao norte da Faixa de Gaza.

Também esta quinta-feira, a agência das Nações Unidas para os refugiados (UNRWA) terá de abandonar os seus escritórios em Jerusalém, segundo a ordem emitida pelas autoridades israelitas.

A UNRWA deve desocupar todas as suas instalações em Jerusalém, incluindo Jerusalém Leste anexada por Israel, afetando em concreto escolas e centros de saúde.

[notícia atualizada às 13h08]

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