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República Democrática do Congo. M23 declara cessar-fogo por motivos humanitários a partir de terça-feira

03 fev, 2025 - 22:30 • Fábio Monteiro com Lusa

Depois de ter conquistado Goma, capital da província do Kivu Norte, o AFC-M23 garantiu que o grupo rebelde não tem intenção de tomar Bukavu

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O grupo rebelde Movimento 23 de Março (M23) declarou esta segunda-feira que observará um cessar-fogo humanitário no leste da República Democrática do Congo, a partir de terça-feira.

O anúncio ocorre uma semana depois de o M23, com o apoio de militares ruandeses, ter tomado a cidade estratégica de Goma, após dias de intensos combates com o exército democrático-congolês.

Em comunicado, a Aliança do Rio Congo (AFC-M23, na sigla em francês), a coligação político-militar da RDCongo que inclui o M23, afirma que, “em resposta à crise humanitária provocada pelo regime de Kinshasa, declara um cessar-fogo a partir de 04 de fevereiro de 2025, por razões humanitárias”.

Depois de ter conquistado Goma, capital da província do Kivu Norte, o AFC-M23 garantiu que o grupo rebelde não tem intenção de tomar Bukavu, capital da vizinha província do Kivu Sul, na direção da qual avançou na semana passada.

Pelo menos 900 corpos foram recuperados após dias de combates na cidade de Goma, segundo as Nações Unidas.

De acordo com os peritos da ONU, o M23 é apoiado por cerca de 4 mil soldados do vizinho Ruanda, muito mais do que em 2012, quando capturaram Goma pela primeira vez.

O movimento rebelde é o mais poderoso dos mais de 100 grupos armados que disputam o controlo do leste da RDCongo, país vizinho de Angola rico em minerais, que possui vastos depósitos essenciais para grande parte da tecnologia mundial.

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