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China responde a Trump e impõe tarifas a produtos dos EUA

04 fev, 2025 - 22:10 • Fábio Monteiro com Reuters

Medidas da China foram tomadas quase imediatamente após a aplicação das tarifas norte-americanas

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A China anunciou esta terça-feira a abertura de uma investigação à Google e impôs novas tarifas sobre uma série de produtos norte-americanos, horas depois de o Presidente Donald Trump ter aplicado uma tarifa de 10% aos produtos chineses.

A China vai investigar o gigante tecnológico norte-americano por alegada violação das leis 'antitrust' (práticas de monopólio) chinesas, de acordo com um comunicado da Administração Estatal para a Regulação do Mercado do país.

Pequim anunciou também a aplicação de taxas de 15% sobre o carvão e o gás natural liquefeito (GNL) e de 10% sobre o petróleo e o equipamento agrícola provenientes dos Estados Unidos.

"A imposição unilateral de direitos aduaneiros por parte dos Estados Unidos viola gravemente as regras da Organização Mundial do Comércio", declarou o Ministério das Finanças chinês num comunicado em que anunciou a imposição das tarifas retaliatórias.

"Não só é inútil para resolver os seus próprios problemas, como também prejudica a cooperação económica e comercial normal entre a China e os Estados Unidos", acrescentou o Governo chinês.

As medidas da China foram tomadas quase imediatamente após a aplicação das tarifas norte-americanas.

De acordo com a “Reuters”, Trump não parece ter pressa em falar com o homólogo chinês e tentar resolver a guerra comercial.

Hoje, quando questionado sobre as ações retaliatórias da China, disse apenas: “Isso está bem.”

Uma conversa entre Xi e Trump é vista como fundamental para uma possível atenuação ou adiamento das tarifas, tal como aconteceu nas conversações com os líderes do México e do Canadá na segunda-feira.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse aos jornalistas que uma chamada entre Trump e Xi ainda precisava de ser agendada.

"O Presidente Xi entrou em contacto com o Presidente Trump para falar sobre este assunto, talvez para iniciar uma negociação. Vamos ver como corre essa chamada", disse Leavitt à “Fox News”.

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