07 fev, 2025 - 07:35 • André Rodrigues , João Malheiro
O coordenador do Observatório do Risco Geopolítico para Empresas da Porto Business School, Jorge Rodrigues, considera que a ideia de criar uma Riviera em Gaza traduz "a visão transacionista" da administração Trump que beneficia os negócios da família do Presidente dos Estados Unidos da América (EUA).
À Renascença, Jorge Rodrigues diz que Trump tem aproveitado "todas as oportunidades para fazer negócio" através da sua família e dos seus interesses.
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Israel anunciou a criação de um plano para a saída voluntária da Faixa de Gaza para palestinianos que queiram abandonar o território. A ordem foi emitida esta quinta-feira pelo ministro da Defesa israelita.
Para o especialista, o plano de Israel põe em risco as fases seguintes do cessar-fogo Israel-Hamas.
"Foi surpreendente, sem dúvida. É uma solução que abre uns vetores muito preocupantes. Abre caminho a que haja uma continuidade das hostilidades", avalia.
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Jorge Rodrigues entende que uma solução de dois estados não ficará em causa, mas poderá atrasar-se, se os planos de Trump e Israel para a Faixa de Gaza avançarem.
O especialista acredita, contudo, que "mais tarde ou mais cedo, terá de ser encontrada esta solução, porque não há outra para a pacificação da região".
"A comunidade internacional terá de intervir de alguma forma, com uma dinâmica efetiva, para empurrar esta aliança EUA-Israel para esta solução", defende.