10 fev, 2025 - 16:28 • Ricardo Vieira, com Reuters
A libertação de reféns israelitas prevista para o próximo sábado vai ser suspensa, avança o braço armado do grupo palestiniano Hamas.
Numa mensagem divulgada esta segunda-feira no Telegram, o porta-voz do Hamas diz que aquela que será a sexta libertação de reféns desde o início do cessar-fogo foi cancelada, até novo anúncio, e acusa Israel de violar o cessar-fogo.
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Na resposta, o ministro israelita da Defesa, Israel Katz, acusa o Hamas de violar os termos do acordo de cessar-fogo anuncia que instruiu as forças armadas para se prepararem ao mais alto nível na Faixa de Gaza e para defender as comunidades israelitas.
Até agora, o Hamas entregou 16 dos 33 reféns israelitas, e cinco tailandeses, previstos na primeira fase do acordo de cessar-fogo. Em troca, saíram das prisões de Israel centenas de reclusos palestinianos.
Uma delegação israelita, que esteve a negociar a próxima fase do cessar-fogo na Faixa de Gaza, regressou de Doha, disse esta segunda-feira o gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, numa altura em que aumentam as dúvidas sobre o processo de paz.
Uma fonte oficial palestiniana próxima das conversações disse à agência Reuters que os progressos estão a ser retardados pela falta de confiança entre os dois lados, que se acusaram mutuamente de violar os termos do cessar-fogo, que começou a 19 de janeiro.
O Hamas acusa Israel de demora na entrada de ajuda humanitária na Faixa Gaza, uma das condições da primeira fase do acordo, uma acusação que Israel rejeita.
Por sua vez, Israel acusa o Hamas de não respeitar a ordem pela qual os reféns deveriam ser libertados e de orquestrar exibições públicas abusivas perante grandes multidões quando foram entregues à Cruz Vermelha.
No sábado passado, três reféns israelitas foram libertados na Faixa de Gaza. Um deles é Or Levy, um homem de 33 anos com ligações a Portugal.
Or Levy passou 491 dias em cativeiro e não sabia que a mulher e as filhas tinham sido mortas no ataque do Hamas, a 7 de outubro de 2023.