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Guerra comercial

UE promete "reagir" às taxas "ilegais" de Donald Trump

10 fev, 2025 - 12:31 • João Pedro Quesado

Comissão Europeia diz não ter recebido nenhuma "notificação oficial" das taxas aduaneiras de 25% sobre as exportações de aço e alumínio, e sublinha que são um imposto "sobre os próprios cidadãos" e alimentam a inflação.

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A Comissão Europeia prometeu, esta segunda-feira, que vai reagir às taxas alfandegárias de 25% sobre aço e alumínio prometidas por Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos da América (EUA). As novas taxas podem reacender um conflito comercial entre a União Europeia (UE) e os EUA, adormecido desde 2022.

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"A UE não vê justificação para a imposição de taxas alfandegárias nas suas exportações. Vamos reagir para proteger os interesses dos negócios, trabalhadores e consumidores europeus de medidas injustificadas", declarou a Comissão Europeia, num comunicado onde diz ainda não ter recebido "notificação oficial sobre a imposição de taxas adicionais sobre produtos europeus".

Enquanto voava em direção à final da Super Bowl, o Presidente dos EUA anunciou novas taxas alfandegárias de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para os Estados Unidos. Trump disse ainda que vai anunciar taxas "recíprocas" contra países que impuseram estas taxas a exportações dos EUA.

No primeiro debate televisivo para as eleições legislativas de 23 de fevereiro na Alemanha, Olaf Scholz, atual chanceler alemão, disse que a União Europeia pode "atuar dentro de uma hora" face à imposição de taxas alfandegárias pelos EUA.

No mesmo comunicado, a Comissão Europeia afirma que a imposição de taxas alfandegárias "seria ilegal"abrindo caminho para uma queixa junto da Organização Mundial do Comércio - e "economicamente contraproducente, especialmente dadas as cadeias de produção profundamente integradas que a UE e os EUA estabeleceram através do comércio e investimento transatlântico".

"Taxas alfandegárias são essencialmente impostos", aponta a Comissão de Ursula von der Leyen, sublinhando que "ao impor taxas aduaneiras, os EUA iriam estar a taxar os seus cidadãos, aumentando os custos para os negócios, e alimentando a inflação".

As taxas alfandegárias sobre aço e alumínio estão no centro de uma disputa comercial não-resolvida entre Washington e Bruxelas, iniciada em 2018, durante o primeiro mandato de Trump. O atual Presidente impôs então taxas de 25% e 10% sobre as importações de aço e alumínio da UE, num total de 6,4 mil milhões de euros anuais. A UE retaliou com taxas de "reequilíbrio" sobre 2,8 mil milhões de euros em exportações dos EUA para a UE, aplicadas a produtos como bourbon, motas e sumo de arando, que foram suspensas em 2022 - até ao fim de março deste ano.

As taxas alfandegárias "recíprocas" dos EUA podem afetar indústrias específicas da UE, incluindo a indústria automóvel, farmacêutica e de agricultura.

Comentários
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  • jose A.Geraldes
    10 fev, 2025 Leiria 17:23
    Lamento a Mão de ferro, porque a UE só tem a perder !! Não seria melhor Negociar ? É Bom não esquecermos que a Briga já vem de longe, e nos últimos anos a UE Distanciou-se ainda mais dos USA, dos quias depende para guarda das fronteiras !!?? Sim porque a UE não tem como garantir a segurança dos cidadãos, porque não tem forças armadas, nem meios ???!!! Se assimm é a Presidente ESTÁ TOTALMENTE ERRADA!!!
  • ze
    10 fev, 2025 aldeia 15:43
    Porque será que chamarão de "ILEGAIS",os EUA não são um país soberano?O Presidente não foi eleito com a maior percentagem de votos de sempre?Será que a América acordou ou que a UE quereria que ela continuasse a dormir? A UE, tem é de começar a ter novas politicas para se desenvolver e países como a Alemanha, a França, a Itália etc voltem a ser grandes como foram.

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