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EUA dizem ao Papa para tratar da Igreja e deixar Trump lidar com migrantes

11 fev, 2025 - 15:27 • Lusa

Numa carta enviada aos bispos dos Estados Unidos, Francisco considerou que a deportação em massa de migrantes pela administração de Trump constitui "um atentado à dignidade" e que "vai terminar mal".

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O conselheiro do Presidente Donald Trump para migrações aconselhou esta terça-feira o Papa a concentrar-se na igreja e deixar os Estados Unidos tratar das suas fronteiras, numa reação a críticas de Francisco às deportações de migrantes.

"Ele [o Papa] quer atacar-nos porque nós protegemos as nossas fronteiras? Ele tem um muro à volta do Vaticano, não tem? (...) Não podemos ter um muro à volta dos Estados Unidos", disse Tom Homan.

"Gostaria que ele se concentrasse na Igreja Católica e nos deixasse tratar das fronteiras", acrescentou em declarações na Casa Branca, segundo a agência francesa AFP.

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Homan, que é o principal conselheiro de Trump para as políticas de migração, reagia a críticas feitas pelo chefe da Igreja Católica às deportações de migrantes ordenadas pelo novo Presidente dos Estados Unidos.

Numa carta enviada aos bispos dos Estados Unidos, Francisco considerou que a deportação em massa de migrantes pela administração de Trump constitui "um atentado à dignidade" e que "vai terminar mal".

Francisco afirma que as nações têm o direito de se defender e de manter as suas comunidades a salvo dos criminosos.

"Dito isto, o ato de deportar pessoas que, em muitos casos, deixaram a sua terra por razões de extrema pobreza, insegurança, exploração, perseguição ou grave deterioração do ambiente, prejudica a dignidade de muitos homens e mulheres, e de famílias inteiras, e coloca-os num estado de particular vulnerabilidade e indefesos", escreveu.

A assessora de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse na semana passada que mais de 8.000 pessoas foram detidas em ações de aplicação da lei da imigração desde que Trump tomou posse em 20 de janeiro.

Algumas foram deportadas, outras estão em prisões federais, enquanto outras ainda estão detidas na Base Naval da Baía de Guantánamo, em Cuba, segundo as autoridades.

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