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Presidência russa rejeita proposta de Kiev sobre troca de territórios

12 fev, 2025 - 11:52 • Lusa

"Isso é impossível. A Rússia nunca discutiu e nunca vai discutir uma troca envolvendo territórios", declarou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.

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A Presidência da Rússia rejeitou esta quarta-feira a proposta sobre a troca de territórios ocupados entre Kiev e Moscovo como parte das negociações de paz, uma possibilidade defendida pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

"Isso é impossível. A Rússia nunca discutiu e nunca vai discutir uma troca envolvendo territórios", declarou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, acrescentando que as forças ucranianas que ocupam parte da região de Kursk vão ser aniquiladas ou expulsas.

Na terça-feira, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que está disposto a trocar territórios com a Rússia no âmbito de eventuais negociações de paz sob a égide dos Estados Unidos, que viram a libertação de um cidadão norte-americano por Moscovo como um bom presságio.

Se o Presidente norte-americano Donald Trump conseguir levar a Ucrânia e a Rússia à mesa das negociações, "trocaremos um território por outro", disse Zelensky ao diário britânico Guardian.

O chefe de Estado ucraniano considera que a Europa, por si só, não pode garantir a segurança do seu país.

"As garantias de segurança sem a América (Estados Unidos) não são verdadeiras garantias de segurança", afirmou.

Zelensky deve encontrar-se com o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, na sexta-feira, durante a conferência de segurança de Munique, na Alemanha.

Na mesma reunião devem estar presentes o enviado especial dos Estados Unidos para a Ucrânia, Keith Kellogg, e o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.

Donald Trump comprometeu-se a pôr rapidamente termo à guerra na Ucrânia, nomeadamente através da pressão sobre Kiev, que recebeu milhares de milhões de dólares de ajuda militar de Washington durante o mandato do democrata Joe Biden.

O Presidente dos Estados Unidos disse na terça-feira que esperava que a libertação pela Rússia de um norte-americano condenado a 14 anos de prisão por posse de droga marcasse o início de uma relação para acabar com a guerra na Ucrânia.

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