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Sánchez diz que situação em Gaza "não se resolve com negócio imobiliário"

12 fev, 2025 - 11:04 • Lusa

"Temos de reconhecer os dois Estados para garantir a liberdade", defende primeiro-ministro de Espanha.

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O primeiro-ministro de Espanha, o socialista Pedro Sánchez, disse esta quarta-feira que "a situação em Gaza não se resolve com um negócio imobiliário", mas com o reconhecimento dos dois Estados (Palestina e Israel).

"A situação em Gaza não se resolve com um negócio imobiliário", disse Sánchez, referindo-se à proposta do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para o território palestiniano de Gaza.

Donald Trump insiste em que os Estados Unidos tomem conta e reconstruam Gaza "como um projeto imobiliário" e defende a expulsão dos habitantes para o Egito e para a Jordânia, provocando protestos nos países árabes.

Para o líder do Governo espanhol, a situação em Gaza "resolve-se defendendo e reivindicando a Palestina para os palestinianos, Israel para os israelitas".

"Temos de reconhecer os dois Estados para garantir a liberdade", disse hoje Sánchez, numa intervenção no parlamento de Espanha, em Madrid, em resposta a perguntas dos deputados da oposição.

Espanha reconheceu formalmente a Palestina como Estado no ano passado, com outros países europeus.

Sánchez respondeu hoje desta forma ao líder do partido da extrema-direita espanhola Vox, Santiago Abascal, que condenou a atitude "de beligerância" do primeiro-ministro em relação a Trump e considerou que se os EUA vierem a impor taxas comercias que afetem Espanha, a responsabilidade será do líder do Governo espanhol.

O primeiro-ministro de Espanha tem feito, nas últimas semanas, várias críticas públicas ao novo Governo de Trump e ao Presidente dos Estados Unidos.

Um dos principais alvos de Sánchez tem sido "a 'tecnocasta'" que rodeia Trump, numa alusão a empresários como Elon Musk, dono da rede social X.

Em 20 de janeiro, dia da tomada de posse de Trump como Presidente dos EUA, Sánchez disse em Madrid que a Europa deve rebelar-se contra "a 'tecnocasta' de Silicon Valley" que ameaça as democracias ocidentais e defendeu uma visão europeia para a Inteligência Artificial, numa mensagem que já repetiu noutras ocasiões.

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