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Comércio

"Qualquer país que cobre os EUA, vai ser cobrado". Trump avança com tarifas recíprocas

13 fev, 2025 - 20:46 • Diogo Camilo

Presidente norte-americano assinou um memorando para que seja estudado quanto cada país cobra de impostos aos Estados Unidos e aponta o dedo à União Europeia e ao IVA, considerando-o “mais sancionatório que qualquer tarifa”.

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Depois de ameaças à União Europeia, México e Canadá e de impor taxas aduaneiras à China e às importações de aço e alumínio, Donald Trump assinou um memorando para avançar com tarifas recíprocas aos países que cobrem taxas aos EUA.

“Qualquer país que cobre os Estados Unidos, vai ser cobrado. Nem a mais, nem a menos”, disse o presidente norte-americano na Sala Oval da Casa Branca, em Washington. “É muito simples. Ninguém sabe quanto, temos de ver país por país, individualmente, e ver quanto nos estão a cobrar, e em quase todos os casos é sempre muito mais do que nós estamos a cobrar”, acrescentou.

A medida, que pode mudar completamente a balança comercial, ordena o Departamento do Comércio a calcular novas taxas aduaneiras, país a país, mas não entra já em vigor. Nos estudos, que deverão ficar concluídos até ao final do mês de março, estão o secretário de estado Marco Rubio, o secretário do tesouro, Scott Bessent e os secretário do comércio, Howard Lutnick e Jamieson Greer.


Depois de assinar a ordem, Trump deixou uma publicação na rede social Truth Social, na qual apontou o dedo ao IVA (Imposto sobre o valor acrescentado) praticado na União Europeia, considerando-o “mais sancionatório que qualquer tarifa”.

“É justo para todos, nenhum país se pode queixar e, em alguns casos, se um condado sentir que os Estados Unidos estão a subir muito as tarifas, tudo o que têm de fazer é reduzir ou terminar a sua tarifa contra nós”, escreveu, referindo que a medida irá trazer “justiça e prosperidade” a um comércio “complexo e injusto”.

Na Sala Oval da Casa Branca, Trump deixou ainda uma ameaça às nações que compõem o BRICS, a aliança económica da qual fazem parte China, Rússia, Brasil, Índia e outros países, referindo que podem enfrentar 100% de tarifas, ou seja, duplicar o preço em questão do produto transacionado, caso "queiram fazer jogos com o dólar".

"Se qualquer troca passar, será com tarifas de 100%, pelo menos", disse em resposta sobre o grupo poder desenvolver a sua própria moeda.

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