14 fev, 2025 - 01:32 • Diogo Camilo
A Ucrânia não vai aceitar qualquer acordo de paz proposto pelos Estados Unidos ou a Rússia sem estar envolvida nas negociações, avisou esta quinta-feira Volodymyr Zelensky, depois da intenção de Donald Trump de privar com Vladimir Putin para várias reuniões, a primeira delas na Arábia Saudita.
“Não podemos aceitá-lo, como país independente. A Europa também precisa de estar na mesa de negociações”, afirmou Zelensky, que deverá encontrar-se com o vice-presidente norte-americano, JD Vance, e o secretário de estado, Marco Rubio, antes da Conferência de Segurança de Munique, que começa esta sexta-feira.
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Na conferência vão estar, segundo Donald Trump, “altos oficiais da Rússia”, que se vão encontrar com os representantes norte-americanos e que a comitiva ucraniana também foi convidad. “A Rússia vai estar lá com as suas pessoas. A Ucrânia também foi convidada, já agora. Não sei bem quem vai”, acrescentou, em declarações aos jornalistas na Sala Oval da Casa Branca esta quinta-feira.
“Amanhã, há uma reunião em Munique e depois na próxima semana haverá uma reunião na Arábia Saudita, não comigo ou com o presidente Putin, mas com altos representantes. E a Ucrânia pode fazer parte também”, afirmou Trump.
Segundo a Reuters, o assessor de Zelensky, Dmytro Lytvyn, disse a jornalistas que “as negociações com russos em Munique não são esperadas”.
Depois do telefonema com Putin, no qual se iniciaram conversas para o fim da guerra na Ucrânia, Trump ligou a Zelensky para o informar. O presidente ucraniano indicou no X que o país não irá aceitar “quaisquer acordos” feitos sem a sua presença, pedindo “garantias de segurança” ao líder norte-americano.
Zelensky afirmou ter “avisado líderes mundiais sobre confiar nas pretensões de Putin em acabar com a guerra” e defendeu um “investimento sério no setor da defesa ucraniano.