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China defende participação da Europa nas negociações de paz sobre a Ucrânia

18 fev, 2025 - 08:22 • Lusa

Os chineses esperam que "seja encontrado um quadro de segurança equilibrado, eficaz e sustentável para alcançar uma estabilidade duradoura na região", com a partipação dos europeus, uma vez que o conflito acontece no velho continente.

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O representante permanente da China na ONU, Fu Cong, disse esta terça-feira que Pequim saúda o acordo entre Estados Unidos e Rússia para iniciar conversações de paz sobre a Ucrânia, mas considerou imperativo que a Europa participe.

"Esperamos que todas as partes envolvidas na crise na Ucrânia se empenhem no processo de diálogo de paz e cheguem a um acordo justo, duradouro e vinculativo aceite por todos", disse Fu, durante uma sessão dedicada ao assunto, no Conselho de Segurança da ONU, cuja presidência rotativa é ocupada pela China em fevereiro.

As declarações de Fu, divulgadas esta terça-feira pela imprensa estatal, são as primeiras de um representante chinês sobre o acordo entre EUA e Rússia.

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, reuniram-se em Riade, num encontro que poderá conduzir a uma cimeira entre os Presidentes Donald Trump e Vladimir Putin.

O diplomata chinês espera que as partes "abordem as causas profundas desta crise através da negociação e encontrem um quadro de segurança equilibrado, eficaz e sustentável para alcançar uma estabilidade duradoura na região".

Fu considerou, no entanto, ser imperativa a participação da Europa nas negociações, já que o conflito "ocorre em solo europeu".

"A China tem defendido consistentemente a resolução pacífica de disputas e conflitos globais através do diálogo e da consulta", algo que "se aplica ao problema da Ucrânia", no qual Pequim "tem estado ativamente envolvida através da mediação diplomática", mantendo contactos com todas as partes, afirmou.

Defendeu também a proposta apresentada pela China há dois anos, uma iniciativa de 12 pontos que defendia o respeito pela soberania e integridade territorial de todas as nações, mas que também tinha em conta as "preocupações legítimas de segurança" dos países.

Esta proposta foi recebida com ceticismo pelo Ocidente devido à ambiguidade demonstrada pelo país asiático durante o conflito e a sua aproximação a Moscovo.

"A evolução da situação demonstrou que a proposta da China é objetiva, justa, racional e pragmática, refletindo o amplo consenso da comunidade internacional", defendeu o diplomata chinês.

Comentários
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  • Bondosos
    18 fev, 2025 Mundo 10:10
    Que bondade da China, como se não percebêssemos que a China não quer é que os EUA lhe tirem o controle que tem da Rússia, e para isso nada melhor que meter areia na engrenagem, usando terceiros como a UE e até a Ucrânia.

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