19 fev, 2025 - 00:18 • Diogo Camilo
O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi esta terça-feira acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de outubro de 2022, num plano que incluia o assassinato de Lula da Silva, o atual presidente brasileiro.
Ao todo, o ex-chefe de Estado é acusado de cinco crimes pela Procuradoria-Geral da República brasileira: liderança de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o património, além de deterioração de património.
A denúncia, avançada pelo procurador-geral Paulo Gonet, terá agora de ser aceite pelo Supremo Tribunal Federal. Se for esse o caso, Bolsonaro terá de responder perante um processo penal em tribunal.
"Os membros da organização criminosa estruturaram, no âmbito do Palácio do Planalto, um plano de ataque às instituições, com vista à derrocada do sistema de funcionamento dos poderes e da ordem democrática, que recebeu o sinistro nome de 'Punhal Verde Amarelo'", refere a acusação que indica que o plano foi "arquitetado e levado ao conhecimento do Presidente da República", com Bolsonaro a concordar com o mesmo.
Além de matar Lula por envenenamento, o plano incluía "neutralizar" o Supremo Tribunal Federal e envolvia assassinar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
No total, estão acusadas 34 pessoas no processo, incluindo o ex-ministro da Defesa de Bolsonaro, Braga Netto, e o tenente-conorel Mauro Cid.