23 fev, 2025 - 09:13 • Olímpia Mairos , com agências
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou esta madrugada, que a libertação de prisioneiros palestinos durante a trégua em Gaza será adiada até que o Hamas acabe com as “cerimónias humilhantes” realizadas na entrega de reféns israelitas.
Em comunicado, o gabinete de Benjamin Netanyahu indicou que “foi decidido adiar a libertação dos terroristas prevista para ontem [sábado], até que seja garantida a libertação dos próximos reféns, e sem cerimónias degradantes”.
O Hamas diz que a recusa de Israel em libertar o sétimo grupo de palestinos no prazo acordado “constitui uma violação flagrante” do acordo de cessar-fogo.
O acordo previa a libertação de 620 palestinos no passado sábado. Seria a sétima e a maior libertação de palestinos de prisões israelitas desde que o cessar-fogo entre Israel e o Hamas que entrou em vigor, a 19 de janeiro. O grupo incluía 445 palestinos que tinham sido detidos em Gaza.
No sábado, tal como nas trocas anteriores, o Hamas submeteu os reféns libertados (exceto Al-Sayed) a etapas com milicianos antes de os entregar à Cruz Vermelha.
Em troca, Israel deverá libertar este sábado cerca(...)
O grupo islamita divulgou mesmo na noite anterior um vídeo de propaganda que mostrava dois outros prisioneiros ainda no enclave, Evyatar David e Guy Gilboa Dalal, a assistir à libertação, de manhã, de Omer Wenkert, Omer Shem Tov e Eliya Cohen.
A partir do veículo, os dois reféns apelaram a Netanyahu para que prosseguisse com o cessar-fogo.
Israel condiciona agora a libertação dos prisioneiros palestinianos à garantia, por parte do Hamas, da libertação dos próximos reféns em Gaza, embora o comunicado não especifique se isso afeta apenas os quatro mortos que os islamitas deverão entregar na próxima quinta-feira (a última da primeira fase do cessar-fogo) ou o resto dos cativos no enclave.