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Macron em Portugal. Aquisição de armamento, segurança e defesa serão temas em destaque

27 fev, 2025 - 07:18 • Lusa

A visita de Estado do presidente francês dura dois dias e irá passar por Lisboa e Porto. Além do aprofundamento das relações humanas, económicas e culturais entre a França e Portugal, destaca-se a assinatura de um acordo de amizade e cooperação entre a França e Portugal.

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O Presidente francês, Emmanuel Macron, estará esta quinta-feira em Lisboa e sexta-feira no Porto para assinar um conjunto de acordos bilaterais políticos, económicos e culturais entre Portugal e França, bem como para encontros institucionais.

Além do aprofundamento das relações humanas, económicas e culturais entre a França e Portugal, em destaque está a assinatura de um acordo de amizade e cooperação entre a França e Portugal. Aquisição de armamento, segurança e defesa serão temas também em destaque na agenda de trabalhos.

Esta quinta-feira, em Lisboa, Macron homenageará o poeta português Luís de Camões e, seguidamente, encontrar-se-á com o homólogo Marcelo Rebelo de Sousa, e com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, com quem abordará questões relacionadas com a Europa em termos de segurança e defesa, bem como o acelerar da competitividade e investimento.

Já na Assembleia da República, não haverá um discurso do chefe de Estado francês como anteriormente previsto, mas sim uma sessão solene e troca de impressões com o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, e os vários presidentes dos grupos parlamentares portugueses.

Depois, no veleiro Santa Maria Manuela, acostado no Cais do Adamastor, as autoridades portuguesas transferem para Macron os poderes para a realização da terceira edição da Conferência da ONU sobre o Oceano (a segunda ocorreu em Lisboa em 2022), que decorrerá entre 09 e 13 de junho deste ano em Nice (sul de França).

Mais tarde, acontecerá um diálogo entre Macron e o presidente da Câmara de Lisboa e antigo comissário europeu para a Investigação e Inovação, Carlos Moedas, no Beato Innovation District, um dos maiores centros de inovação e empreendedorismo da Europa, com a participação de atores franco-portugueses da tecnologia e da Inteligência Artificial (IA), como a Station F (centro de startups francês), na sequência da Cimeira de Ação sobre IA em Paris no início do mês.

No segundo dia, na deslocação do chefe de Estado francês ao Porto para se encontrar com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, deverá ser assinada cerca de uma dúzia de acordos bilaterais, incluindo "um acordo de amizade, um acordo de cooperação franco-portuguesa e uma carta de intenções no domínio do armamento.

Também serão assinados acordos de cooperação cultural, científica e técnica, polícia, coprodução cinematográfica, em particular com o Centre National de la Cinématographie, e um plano de ação a favor do ensino superior, da ciência e da inovação.

Macron participa também num fórum de negócios franco-português no Porto com Marcelo e Montenegro, com foco na cooperação económica e de investimento de França a Portugal, e os laços entre os dois países, bem como questões relativas a inovação, defesa e preservação da soberania na Europa.

A visita de Macron, a convite do Presidente português, é a primeira de Estado de um Presidente francês a Portugal em 26 anos. A última aconteceu em 1999 com Jacques Chirac. No entanto, Macron já tinha sido convidado para a celebração dos 50 anos do 25 de abril, em que acabou por dirigir uma palavra aos portugueses, com quem a França partilha uma relação histórica.

Em junho de 2022, Macron esteve em Portugal para participar na Conferência dos Oceanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em Lisboa, já Marcelo Rebelo de Sousa esteve pela última vez em França em junho do ano passado, para assistir à cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris.

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  • NATO Europeia
    27 fev, 2025 Quem cuida melhor de nós, que nós próprios? 09:41
    Comecem a falar de uma "NATO-Europeia", porque a NATO tradicional, já era. A NATO-Europeia com, por exemplo, Alemanha, França, Inglaterra, Itália, Suécia, Finlândia, Espanha, Noruega, Polónia, para começar, daria mais garantias que o que há agora em que é o próprio dito "lider" que avisa ir ignorar o art.º V o que torna "esta" NATO, inútil. Outros Países que queiram entrar - exceto os mete-nojo da Hungria e Eslováquia que esse jogam na equipa russa e deve ser-lhes vetada a entrada - tem de trazer forças militares e os tais 2 a 2,5% de PIB alocado à Defesa. Sem truques, do género incluir a GNR como despesa de Defesa... Sabem do que estou a falar.

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