03 mar, 2025 - 23:27 • Diogo Camilo
O presidente norte-americano confirmou esta segunda-feira que as tarifas de 25% ao México e ao Canadá vão entrar em vigor já esta terça-feira, ao mesmo tempo que anunciou que as tarifas à China vão ser de 20%, em vez dos 10% anunciados inicialmente. Donald Trump indicou também que as tarifas recíprocas vão avançar no início de abril e que vai considerar um acordo de comércio livre com a Argentina de Javier Milei. Ao mesmo tempo, a Reuters noticiou que a Casa Branca está a estudar o alívio de sanções à Rússia.
"Eles vão ter uma tarifa. Não há mais margem para o México ou para o Canadá", anunciou Donald Trump em declarações aos jornalistas na Sala Roosevelt da sua residência oficial. As taxas aduaneiras vão entrar em vigor à meia-noite norte-americana de terça-feira (ou seja, às 5h01 em Lisboa), que incluem tarifas de 10% nas importações de energia do Canadá.
Questionado sobre se há possibilidade das taxas voltarem a ser adiadas, Trump respondeu: "Está tudo pronto. Entram em vigor amanhã."
As tarifas ao Canadá e México podem resultar, segundo a Associated Press, num aumento estimado entre 120 e 225 mil milhões de dólaresm enquanto o Instituto Económico Peterson para a Economia estima que as tarifas ao Canadá, México e China possa custar cerca de 1.200 dólares por ano a cada família norte-americana.
Sobre a China, Donald Trump anunciou ainda que as tarifas de importações foram aumentadas para 20%, em relação aos 10% que tinham sido anunciados por Donald Trump. "Com a China há 10% adicionais. São 10% mais 10%", disse.
Na mesma conferência de imprensa, Trump indicou ainda que está a considerar um acordo de comércio livre com a Argentina de Javier Milei, que considerou ser um "grande líder".
Uma hora antes, a Reuters avançou que a Casa Branca está a estudar um plano para aliviar as sanções à Rússia, numa altura em que Donald Trump tenta restaurar as ligações com Moscovo e parar a guerra na Ucrânia.
Segundo a agência noticiosa, a Casa Branca pediu aos departamentos do Estado e Tesouro para definir uma lista de sanções que podem ser aliviadas, a trazer à discussão com oficiais russos nos próximos dias com Moscovo.