06 mar, 2025 - 08:03 • João Malheiro com Lusa
O ex-Presidente russo Dmitri Medvedev acredita que o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, vai "desaparecer para sempre" do cenário político, no máximo até 2027, sublinhando que ninguém sentirá a sua falta.
"O próprio Macron não representa uma grande ameaça. Desaparecerá, no máximo, para sempre até 14 de maio de 2027 e ninguém sentirá a sua falta", declarou Medvedev, o atual vice-presidente do Conselho de Segurança russo, conhecido pelas suas declarações incendiárias nas redes sociais.
O segundo mandato presidencial de Emmanuel Macron termina em maio de 2027.
Antes, ainda, das declarações de Medvedev, o governo da Rússia já tinha declarado que Emmanuel Macron não tem noção da realidade, numa crítica às declarações desta quarta-feira, em que o Presidente de França apelou a um reforço da defesa europeia e propôs debate sobre dissuasão nuclear.
A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo acusou Macron de ser um "contador de histórias" que se contradiz constantemente.
O Presidente francês anunciou esta quarta-feira que quer "abrir o debate estratégico" sobre a proteção da Europa pelas armas nucleares francesas com os aliados dispostos a garantir a paz futura na Ucrânia e a proteção do continente europeu.
A França é a única potência nuclear da União Europeia (UE) e o chefe de Estado francês afirmou recentemente estar pronto para um "diálogo estratégico" para que os países europeus deixem de estar dependentes da dissuasão norte-americana para fazer face às ameaças da Rússia, que continua a apostar no rearmamento, e proteger o continente europeu, que lida desde fevereiro de 2022 com a invasão russa na Ucrânia.
Para Macron, a paz na Ucrânia "implicará também, talvez, o envio de forças europeias".
No seu discurso, Emmanuel Macron disse que espera ainda "convencer" o Presidente dos Estados Unidos a abandonar os direitos aduaneiros sobre os produtos europeus importados.
[Artigo atualizado às 09h30]