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Gaza. Berlim, Paris, Londres e Roma saúdam plano alternativo à “Riviera” de Trump

08 mar, 2025 - 12:44 • Lusa

Em declaração conjunta, países europeus dizem que o plano promete "uma melhoria rápida e duradoura das condições de vida catastróficas dos palestinianos que vivem em Gaza".

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A Alemanha, França, Reino Unido e Itália "saudaram" este sábado, numa declaração conjunta, o plano árabe para reconstruir Gaza, por considerarem que apresenta "uma via realista" para melhorar as condições de vida dos palestinianos neste território.

"Se for aplicado", o plano promete "uma melhoria rápida e duradoura das condições de vida catastróficas dos palestinianos que vivem em Gaza", segundo a declaração, emitida em Berlim pelos ministros dos Negócios Estrangeiros destes países.

Esta declaração surge após a adoção formal de um plano árabe pela Organização de Cooperação Islâmica (OCI), que pretende ser uma alternativa ao plano do Presidente dos EUA, Donald Trump, de assumir o controlo do território palestiniano e expulsar os mais de dois milhões de habitantes palestinianos do enclave para transformá-lo na "Riviera do Médio Oriente".

A OCI, que representa o mundo muçulmano, apelou "à comunidade internacional e às instituições financeiras internacionais e regionais para que prestem rapidamente o apoio necessário a este plano".

Elaborado pelo Egito, o plano prevê a reconstrução da Faixa de Gaza, destruída por 15 meses de guerra entre Israel e o Hamas, sem deslocar os seus 2,4 milhões de habitantes.

O plano marginaliza efetivamente o Hamas e prevê o regresso da Autoridade Palestiniana, expulsa do território em 2007 pelo movimento islamita palestiniano.

No entanto, foi rejeitado por Israel e criticado pelos Estados Unidos.

"É claro para nós que o Hamas não deve continuar a governar Gaza ou a constituir uma ameaça para Israel", sublinharam os ministros europeus.

"Saudamos os esforços sérios de todas as partes envolvidas e apreciamos o importante sinal que os Estados árabes enviaram ao desenvolverem conjuntamente este plano de recuperação e reconstrução", acrescentaram.

Os ministros adiantaram que estão "empenhados em trabalhar com a iniciativa árabe, os palestinianos e Israel para abordar conjuntamente estas questões, incluindo a segurança e a governação".

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