08 mar, 2025 - 00:07 • Diogo Camilo
Donald Trump avançou esta sexta-feira que está a "considerar seriamente" sanções "em larga escala" e tarifas contra a Rússia até que seja alcançado um cessar-fogo e um acordo de paz com a Ucrânia, mas ao mesmo tempo admite que Vladimir Putin está a aproveitar a suspensão de apoio militar de Washington a Kiev para "atacar com mais força".
"Está a fazer o que qualquer pessoa faria. Penso que ele quer que [a guerra] pare e seja resolvida, mas está a atacar com mais força do que estava a atacá-los. E provavelmente qualquer um na sua posição faria o que está fazer agora", afirmou o presidente norte-americano, em resposta a jornalistas na Sala Oval da Casa Branca.
Nas mesmas declarações, Trump indicou que considera "mais difícil" trabalhar com a Ucrânia que com a Rússia e voltou a falar de baralhos: "Eles não têm as cartas", uma frase que tinha repetido a Zelensky no seu encontro tenso na Casa Branca.
"Em termos de alcançar um acordo final, é mais fácil lidar com a Rússia", acrescentou, garantindo que "sempre teve uma boa relação com Putin".
No entanto, horas antes, Trump disse estar a considerar sanções e tarifas para Moscovo porque a "Rússia está absolutamente a massacrar a Ucrânia no campo de batalha", naquilo que parecia ser uma ligeira mudança de tom em relação a recentes declarações.
Numa publicação na rede social Truth Social, o presidente norte-americano pediu a Rússia e Ucrânia que se sentem à mesa das negociações, "antes que seja tarde".
"Estou a considerar seriamente sanções bancárias, sanções e tarifas em larga escala contra a Rússia até que um cessar-fogo e um acordo final de paz seja alcançado", escreveu Trump.
Nos últimos dias, notícias internacionais apontam que a posição ucraniana na guerra piorou desde a suspensão de apoio militar dos EUA, decretada no início da semana, depois do encontro entre Trump e Zelensky na Casa Branca.