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Estudante israelita detido por fazer saudação nazi em Auschwitz

10 mar, 2025 - 14:35 • Redação, com Lusa

O estudante de 17 anos foi filmado pelas câmaras de segurança a fazer a saudação nazi duas vezes.Os guardas informaram a polícia local, que deteve e multou o jovem no valor de 350 euros.

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Um estudante israelita, de 17 anos, foi detido e multado na sequência de uma queixa de que teria feito a saudação nazi à entrada do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polónia. A notícia foi avançada pela comunicação social hebraica no domingo.

O incidente ocorreu durante uma visita de estudo da escola secundária Kiryat Bialik de Israel. A porta-voz da polícia de Oswiecim, Malgorzata Jurecka, confirmou esta segunda-feira o sucedido.

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De acordo com a porta-voz, os guardas viram o jovem a fazer o gesto através das câmaras de segurança.

No final da tarde de domingo, depois de um questionário de duas horas, o estudante foi acusado de exaltação pública do nazismo. O adolescente admitiu a infração e teve de pagar uma multa de 350 euros.

De acordo com uma estudante ouvida pelo Canal 13 de Israel, o rapaz estava apenas a acenar para uma colega que tentava tirar uma foto dos famosos portões da entrada do campo.

Apesar de lhe terem dito para baixar o braço - “Isso não fica bem” - o estudante repetiu o gesto quando a colega tentou tirar uma segunda fotografia.

Na Polónia, a saudação nazi é ilegal ao abrigo das leis que proíbem os símbolos fascistas e a glorificação pública de ideologias totalitárias. Estes crimes podem ser sentenciados com penas que vão até aos dois anos de prisão.

O Ministério da Educação de Israel emitiu um comunicado em que afirma ter levado o incidente muito a sério, considerando-o “inaceitável e completamente contrário aos valores da educação israelita e ao significado da viagem à Polónia”.

O museu Auschwitz-Birkenau também condenou o incidente numa declaração através do portal oficial.

“Cometer tal ato no local histórico onde a Alemanha Nazi assassinou cerca de um milhão de judeus, juntamente com dezenas de milhares de polacos, ciganos, prisioneiros de guerra soviéticos e outros, não só é profundamente ofensivo e moralmente repreensível, como também constitui uma violação da lei”, afirmou o museu.

Todos os anos, cerca de 25 mil estudantes judeus israelitas do ensino secundário fazem viagens de estudo a locais relacionados com o Holocausto na Polónia ocupada durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

As visitas de estudo dos alunos de Israel, interrompidas durante três anos, devido a divergências entre os governos israelita e polaco, foram retomadas em 2023.

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