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Guerra na Ucrânia

Kremlin nega que Rússia participe em negociações sobre Ucrânia na Arábia Saudita

10 mar, 2025 - 14:52 • Lusa

As delegações ucraniana e norte-americana vão reunir-se terça-feira na Arábia Saudita.

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O Kremlin negou esta segunda-feira que a Rússia vá participar em novas negociações na Arábia Saudita com os Estados Unidos, cujos delegados se vão reunir na terça-feira com representantes ucranianos em Jeddah.

"Não será esse o caso", garantiu o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, no seu 'briefing' diário por telefone em resposta a uma pergunta sobre alegadas conversações russo-americanas em Jeddah.

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, também negou qualquer reunião entre representantes russos e norte-americanos na Arábia Saudita.

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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já anteriormente tinha confirmado o envio de uma delegação à Arábia Saudita, que incluirá o ministro dos Negócios Estrangeiros, Andriy Sibiga, o ministro da Defesa, Rustem Umerov, o chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andriy Yermak, e um dos seus adjuntos, o oficial militar Pavlo Palisa.

O próprio Zelensky estará também no país árabe, esta segunda-feira, para se reunir com o príncipe herdeiro do país, Mohamed bin Salman, num encontro bilateral que terá lugar antes do encontro ucraniano-americano em Jeddah.

A delegação dos EUA em Jeddah será liderada pelo secretário de Estado, Marco Rubio, esperando-se também que participem na reunião em nome do Governo norte-americano o conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, e o enviado do Presidente Donald Trump para o Médio Oriente, Steve Witkoff.

Questionado sobre o que o Kremlin espera da reunião, Peskov disse que isso não é o mais importante neste momento.

"Não importa o que estamos à espera. O que importa é o que os Estados Unidos estão à espera. A vários níveis, ouvimos repetidas declarações de que os Estados Unidos esperam que os ucranianos demonstrem o seu desejo de fazer a paz", lembrou Peskov.

A reunião em Jeddah acontece depois de Washington ter cortado o fornecimento de armas e de informações à Ucrânia, para pressionar Kiev a aceitar negociações de paz com a Rússia.

Três semanas antes, a cidade saudita de Jeddah acolheu as primeiras negociações diretas entre a Rússia e os Estados Unidos desde o início da guerra na Ucrânia, com foco na normalização bilateral.

Comentários
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  • Piratagem
    10 mar, 2025 Riade 17:43
    Também o que é que os Russos lá iam fazer se o que eles querem - saída das tropas da Ucrânia das 4 regiões que eles dizem que "são deles", reconhecimento internacional de anexações, Ucrânia fora da NATO e da UE, desarmamento do Exército ucraniano, devolução integral dos fundos congelados, lavar a loiça durante 50 anos - é aquilo que nem a Ucrânia, nem a Europa aceita, só talvez a nova versão dos EUA aceita? Só iam perder tempo e fazer toda a gente perder tempo. Agora, lanço um aviso à delegação ucraniana: não deem aos camones aquilo que eles querem. Eles não vos vão proteger de nada, vão é pilhar-vos como piratas.

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