11 mar, 2025 - 17:04 • Redação
O grupo pró-Palestina Dark Storm Team reivindicou o ciberataque de segunda-feira contra a rede social X (antigo Twitter), propriedade Elon Musk, o homem mais rico do mundo e conselheiro do Presidente dos EUA, Donald Trump.
Numa mensagem publicada no Telegram, o Dark Storm Team admitiu a responsabilidade pelo ataque informático.
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“O Twitter foi desligado pela Dark Storm Team”, podia-se ler numa publicação que entretanto terá sido apagada.
O ataque informático impediu milhares de utilizadores em todo o mundo de acederem àquela rede social.
Já em entrevista à Fox News, o bilionário Elon Musk afirmou ter havido “um ciberataque maciço para tentar derrubar o sistema do X com inúmeros endereços IP na área da Ucrânia”.
Na segunda-feira, aconteceram pelo menos três interrupções do X através da utilização de “bots” para desligar dispositivos ou redes, sobrecarregando com tráfego.
O homem mais rico do mundo diz que o ataque foi fe(...)
Segundo a Check Point Research, organização que investiga e monitoriza ciberataques, o “grupo pró-Palestina especializado em ataques DDoS (Distributed Denial of Service) reapareceu após um período de inatividade, na sequência da desativação do seu canal de Telegram. Os principais alvos deste grupo são entidades ocidentais, incluindo organizações nos Estados Unidos, Ucrânia, Emirados Árabes Unidos e Israel”.
À “Newsweek”, Oded Vanunu, tecnologista chefe para a WEB 3.0 e diretor da vulnerabilidade do produto na Check Point Software, diz que o reemergir do grupo pode-se traduzir em interrupções de serviço, incluindo tempos em baixa e acesso limitado a sites e aplicações essenciais.
“Para empresas e organizações, isto reforça a necessidade de defesas de cibersegurança mais robustas, especialmente contra ataques DDos, que podem paralisar serviços online. À medida que estas ameaças evoluem, tanto utilizadores como empresas devem manter-se informados, garantir canais de comunicação alternativos e estar preparados para possíveis disrupções futuras”, realça Vanunu.
Ao que a “SkyNews” apurou, uma postagem feita no X numa conta que diz estar conectada à equipa que assumiu a autoria dos ataques refere não haver associação da Dark Storm Tema à Ucrânia. Especialistas em cibersegurança também questionam a afirmação, referindo “que seria incomum que um ataque como este ocorresse num único local”.
Face ao ataque, aumentaram as reclamações sobre as interrupções de mais de uma hora nos EUA, de acordo com o site Downdetector.com. Foram mais de 40.000 utilizadores a queixarem-se que não conseguiam aceder ao X. O mesmo site refere que 56% dos problemas relatados estavam associados à aplicação, ao passo que 33% foram relacionadas com o site.
Esta não é a primeira vez que a plataforma X apresenta falhas. Em março de 2023, ainda sob o nome de Twitter, sucederam-se falhas por mais de uma hora, com links a pararem de funcionar, imagens não carregadas e alguns dos utilizadores a não conseguirem fazer login.
“Somos atacados todos os dias, mas isto foi feito com muitos recursos”, disse na rede social X Elon Musk, que é atualmente conselheiro do Presidente Donald Trump e lidera informalmente o departamento que tem a função de cortar despesas da administração norte-americana.