11 mar, 2025 - 08:56 • Hugo Monteiro , Olímpia Mairos
O político moçambicano Venâncio Mondlane já está na Procuradoria-Geral da República, em Maputo, onde vai ser ouvido sobre um dos oito processos em que é visado. Em causa, os protestos e a agitação social pós-eleitoral.
Desde o início das manifestações, em outubro, pelo menos 353 pessoas morreram na sequência de confrontos entre a polícia e os manifestantes.
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À chegada à Procuradoria, o ex-candidato presidencial mostrava-se tranquilo.
“Estou tranquilo. Graças a Deus, sou um homem de fé, é a fé que me tem sustentado em todos esses períodos de passagem por vales, montanhas, escorpiões e lagartos e outras coisas”, afirmou aos jornalistas.
Já na segunda-feira, em declarações no aeroporto de Maputo, após alguns dias ausente do país, no Botsuana, Mondlane tinha afirmado que “as expectativas não são assim tão grandes”.
Mondlane afirmou não saber a qual dos processos vai responder, declarando-se, contudo, “pronto” a responder e afirmando que o objetivo destes processos é “intimidar, aterrorizar, meter medo”.
Mondlane, apontado pelo Conselho Constitucional como o segundo mais votado nas eleições presidências de 9 de outubro, lidera a maior contestação aos resultados eleitorais que Moçambique viveu desde as primeiras eleições multipartidárias, em 1994.