15 mar, 2025 - 18:37 • Ângela Roque , Olímpia Mairos
O presidente ucraniano reiterou este sábado que Vladimir Putin continua a mentir e não está interessado no fim da guerra.
“Quem mais impôs condições desnecessárias, que só complicaram e atrasaram tudo?”, questionou, destacando que “essa é a verdadeira causa da guerra. Putin fez isso”.
O processo de paz tem de avançar “incondicionalmente, e se a Rússia não quiser, deve ser pressionada, uma pressão forte, até que queira”.
Já segue a Informação da Renascença no WhatsApp? É só clicar aqui
Para o presidente ucraniano “Moscovo só entende uma linguagem”. E acrescentou: Peço-vos que falem com a América, com o presidente Trump, para ajudar a que a paz chegue mais rápido”.
Zelensky, que participou na conferência realizada este sábado pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, desafiou os aliados a fazerem pressão sobre a Rússia, nomeadamente através de sanções.
“As sanções contra a Rússia devem não só manter-se como ser continuamente reforçadas, e peço-vos que deem passos nesta direção”, disse.
O Presidente ucraniano considerou, ainda, que os aliados avançarem com uma força de proteção militar é uma medida que servirá para proteger a própria Europa, que esse eventual contingente terá de ficar em território ucraniano e que não pode ser Moscovo a decidir.
“O contingente deve ficar em território ucraniano. Isto é uma garantia de segurança para a Ucrânia e para a Europa. Se Putin quer levar tropas estrangeiras para o seu território é problema dele, mas não é problema dele decidir o que quer que seja sobre a Europa ou sobre a Ucrânia”, argumentou.
Zelensky defendeu que “a paz é possível, quando todos trabalharmos pela paz, por garantias de segurança, assegurando que o agressor não ganha nada com esta guerra”. E terminou agradecendo aos aliados: “Obrigada pelo vosso apoio”.
Já depois do encontro o Presidente ucraniano escreveu na rede social X: “temos de definir uma posição clara sobre as garantias de segurança. A segurança é fundamental para tornar a paz credível e duradoura. Temos de continuar a trabalhar nos contingentes que constituirão a base das futuras Forças Armadas da Europa”.
Segundo Zelensky, “a paz será mais segura com contingentes europeus no terreno e com os americanos a apoiar. Devem ser assumidos compromissos claros sobre o modo de funcionamento deste sistema”.
É precisamente para avançar com essa possível força de paz, que os chefes militares dos 26 países europeus foram convocados para uma reunião na próxima semana, na qual Portugal estará também representado.
A primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, já informou que os militares italianos não irão participar.