15 mar, 2025 - 15:12 • Lusa
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu a 25 líderes europeus e aliados, reunidos este sábado numa reunião virtual, mais clareza sobre as garantias de segurança a um futuro acordo de paz.
"Temos de definir uma posição clara sobre as garantias de segurança. A segurança é fundamental para tornar a paz credível e duradoura. Temos de continuar a trabalhar nos contingentes que constituirão a base das futuras Forças Armadas da Europa", afirmou, de acordo com uma publicação na rede social X.
Segundo Zelensky, "a paz será mais segura com contingentes europeus no terreno e com os americanos como apoio. Devem ser assumidos compromissos claros sobre o modo de funcionamento deste sistema".
O Presidente ucraniano, que participou na conferência realizada este sábado pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, urgiu também os aliados a investir mais em capacidade militar e no reforço dos meios aéreos.
"Por favor, façam-no o mais rapidamente possível. (...) Agradeço a cada um de vós que nos está a ajudar nesta matéria", escreveu.
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Por seu lado, a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, agradeceu a Starmer pela iniciativa e reiterou o apoio ao acordo de cessar-fogo ucraniano.
"A Rússia deve agora demonstrar a sua disponibilidade para apoiar um cessar-fogo que conduza a uma paz justa e duradoura", afirmou Von der Leyen nas redes sociais.
Entretanto, acrescentou, a UE "apoiará o reforço da Ucrânia e das suas Forças Armadas" vai "intensificar os esforços de defesa da Europa" através do aumento das despesas neste setor.
No final da reunião, o primeiro-ministro holandês, Dick Schoof, concordou que é necessário manter a pressão sobre a Rússia para que esta aceite a um acordo de cessar-fogo com a Ucrânia."
"É importante continuar a pressionar a Rússia para que esta se sente à mesa das negociações", afirmou, numa mensagem publicada na rede social X.
As propostas dos Estados Unidos e da Ucrânia para um cessar-fogo, disse, "também dão esperança", sublinhando que a Europa também vai continuar a trabalhar intensamente em novas sanções contra a Rússia.
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Também o chanceler alemão instou a Rússia a trabalhar "finalmente" para uma paz "justa e duradoura" na Ucrânia, depois de ter participado na cimeira virtual convocada pelo seu homólogo britânico.
"Cabe agora à Rússia pôr termo aos seus ataques diários às cidades ucranianas e às infraestruturas civis e enveredar finalmente pelo caminho de uma paz duradoura e justa", afirmou Olaf Scholz, citado pelo seu porta-voz num comunicado de imprensa, prometendo que o seu país continuará a apoiar Kiev até que esse objetivo seja alcançado.
Líderes de cerca de 25 países reuniram-se este sábado numa conferência virtual sobre o apoio à Ucrânia e a necessidade de garantias para manter um futuro acordo de paz.
O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, representou Portugal, tendo também participado vários países europeus, a Ucrânia, Canadá, Austrália e a Nova Zelândia.
A União Europeia e a NATO também estiveram representados, segundo o executivo britânico.
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