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Incêndio em discoteca faz mais de 50 mortos na Macedónia do Norte

16 mar, 2025 - 08:47 • Redação com Reuters

Estariam cerca de 1.500 pessoas na discoteca. Dono do espaço noturno foi detido.

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(em atualização)

Pelo menos 59 pessoas morreram este domingo, durante a madrugada, num incêndio que deflagrou numa discoteca na cidade de Kocani, na Macedónia do Norte, e que fez mais de cem feridos. Uma pessoa foi detida e foram emitidos mandados de detenção para quatro pessoas, segundo o Ministério da Administração Interna do país. A imprensa local avança que o detido é o dono da discoteca.

Alguns dos feridos mais graves serão enviados para hospitais de vários países europeus, segundo o chefe do centro de crise. E, por toda a Europa, vários líderes políticos têm estado a expressar o seu apoio à Macedónia do Norte. Entre as mensagens, está a de Marcelo Rebelo de Sousa.

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No interior da discoteca "Pulse" estariam cerca de 1.500 pessoas, na sua maioria jovens entre os 14 e os 25 anos, que assistiam a um concerto dos DNK, uma banda de hip-hop. Se os números se verificarem, a discoteca estaria a exceder a capacidade máxima de lotação.

E é exatamente essa a faixa etária dos feridos apontada pela chefe do hospital de Kocani. “Setenta doentes apresentam queimaduras e envenenamento por monóxido de carbono”, disse Kristina Serafimovska à imprensa local..

Sobre a origem do incidente, a imprensa chegou a avançar que alguém teria lançado fogo de artifício dentro da discoteca, o que terá originado o incêndio. No entanto, fontes oficiais referem apenas que o público usou pirotecnia. Já a agência Reuters escreve que teve acesso a um vídeo do evento, onde se via a banda no palco, ladeada por dois sinalizadores, cujas faíscas brancas incendiaram o teto do edifício.

Kocani é uma pequena cidade com cerca de 30.000 habitantes, a cerca de 100 km a leste da capital, Skopje.

Cerca de 150 pessoas foram hospitalizadas não só nas unidades de saúde da cidade, como também nas da capital e das localidades vizinhas, esclareceu o ministro da Saúde, durante uma conferência de imprensa. Dezoito pessoas ficaram gravemente feridas, acrescentou Arben Taravari.

Perda de tantas vidas jovens é irreparável

O governo da Macedónia do Norte está "totalmente mobilizado" para ajudar a determinar a causa do incêndio. O primeiro-ministro Hristijan Mickosk, através de comunicado publicado no Facebook, afirmou que a morte de tantos jovens é uma perda "irreparável" e desejou rápidas melhoras aos feridos.

“Apelo a todas as instituições competentes – serviços de saúde, polícia, autoridades locais – para que tomem medidas urgentes para ajudar os feridos e apoiar as famílias afetadas”, escreveu Mickosk, que prometeu falar ao país ainda este domingo, quando tiver mais informações, e "após analisar as circunstâncias", para anuncia que medidas serão tomadas.

O primeiro-ministro terminou com um apelo à unidade nacional. “Nestes tempos de profunda tristeza, quando os nossos corações estão partidos de dor devido a esta terrível tragédia, apelo à unidade, à solidariedade, à humanidade e à responsabilidade.”

A Presidente da Macedónia do Norte, Gordana Siljanovska Davkova, vestida de preto, e visivelmente emocionada, visitou alguns dos jovens feridos, internados num hospital da capital. "Simplesmente não consigo compreender isso. Que desastre, que tragédia."

Davkova disse ainda que as autoridades estão prontas para fazer de tudo para ajudar todos os afetados.

Entre as várias mensagens que estão a chegar à Macedónia do Norte, há uma do Papa Francisco, escrita no hospital, onde se encontra internado desde 14 de fevereiro. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin.

Primeiras vítimas foram identificadas

No balanço oficial feito por volta do meio-dia (11h00 em Lisboa), o ministro da Administração Interna apontava para um toral de 59 vítimas mortais. “De acordo com as informações que temos, há 59 pessoas mortas, das quais 35 foram identificadas”, disse Pance Toskovski.

“O número de feridos, de acordo com as últimas informações até o meio-dia é de 155 pessoas”, acrescentou. O ministro esclareceu que, entre os mortos já identificados, 31 eram moradores de Kocani e os outros quatro eram da cidade vizinha de Stip.

Sobre as origens do incêndio, Toskovski disse aos jornalistas que tudo apontava para o uso de dispositivos pirotécnicos “usados para efeito de luz" durante o concerto.
“No momento em que os chamados sprinklers [dispositivos para a extinção de incêndios] foram ativados, as faíscas atingiram o teto, que era feito de material facilmente inflamável, e depois, durante um período muito curto de tempo o fogo espalhou-se por toda a discoteca, criando fumo espesso”, esclareceu.
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